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Trump e Biden cortejam eleitores à medida que campanha eleitoral ganha tração

Por Jeff Mason e Michael Martina

LAS VEGAS/DURHAM, EUA (Reuters) – O presidente Donald Trump e o desafiante democrata Joe Biden estavam cortejando eleitores neste domingo nos concorridos Estados de Nevada e Carolina do Norte, em meio à aproximação do debate presidencial final no final desta semana.

Cerca de 27,7 milhões de norte-americanos já votaram por correio ou pessoalmente antes da eleição de 3 de novembro, de acordo com o Projeto Eleições dos EUA na Universidade da Flórida. O número recorde se deve em parte a preocupações com as multidões nos locais de votação no dia da eleição em meio à pandemia do coronavírus.

O republicano Trump passava seu domingo em Nevada, Estado que ele espera tirar dos democratas depois de perder nele por pouco em 2016.

O presidente –que raramente vai à igreja, mas continua popular entre os cristãos evangélicos por sua oposição ao aborto e por nomear juízes conservadores– começou seu dia participando de um culto na Igreja Internacional de Las Vegas.

Trump, que recentemente enfrentou sua própria luta contra a Covid-19, não usou máscara no evento.

Uma das pastoras da igreja, Denise Goulet, disse a Trump do palco que Deus havia dito a ela que ele venceria as eleições de 2020. Trump colocou um punhado de notas de 20 dólares em um coletor de ofertas e abaixou a cabeça durante uma oração.

Biden voou para a Carolina do Norte, um campo de batalha onde 1,4 milhão, ou 20%, dos eleitores registrados no Estado já haviam votado na manhã deste domingo.

A campanha do ex-vice-presidente disse que incentivaria os residentes a se planejarem para votar o mais cedo possível em um evento em Durham e também detalharia suas propostas para reduzir a desigualdade econômica entre os afro-americanos.

Sua escolha para vice-presidente, a senadora Kamala Harris, cancelou eventos pessoais no fim de semana como precaução depois que um assessor testou positivo para a Covid-19. Ela voltará à campanha na segunda-feira com uma visita à Flórida para marcar o primeiro dia de votação presencial naquele Estado.

Trump fará campanha todos os dias até o debate de quinta-feira na Flórida, incluindo paradas no Arizona e na Carolina do Norte, disse o porta-voz da campanha, Tim Murtaugh.

Enquanto Trump está atrás nas pesquisas nacionais de opinião e em muitos Estados de batalha, a chefe da campanha de Biden, Jen O’Malley Dillon, disse no fim de semana que os números nacionais são enganosos porque os Estados em que a vitória é dada como certa estão concorridos.

“Não podemos nos tornar complacentes porque a verdade lancinante é que Donald Trump ainda pode vencer esta corrida, e cada indicação que temos mostra que isso vai cair por terra”, escreveu ela em um memorando aos doadores.

As eleições presidenciais dos EUA são determinadas por votos eleitorais, atribuídos aos Estados e territórios do país com base principalmente em suas populações, em vez de uma contagem do voto popular em todo o país.

Trump fez campanha no sábado em Michigan e Wisconsin, dois Estados de batalha em que ele venceu por pouco nas eleições de 2016.

Em Muskegeon, Michigan, ele atacou a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, uma democrata, por impor restrições para retardar a propagação do coronavírus e fez pouco caso de um complô de direita descoberto pelo FBI para sequestrá-la.

“Espero que vocês a mandem embora logo”, disse Trump, fazendo a multidão gritar de volta “Prendam-na!” várias vezes.

Whitmer disse no “Meet the Press” de domingo na NBC que a retórica do presidente era “incrivelmente perturbadora” e “perigosa” para ela e sua família, bem como para outros políticos em sua mira.

As pesquisas de opinião mostraram um alto nível de preocupação entre os eleitores sobre a pandemia do coronavírus, que matou mais de 219 mil pessoas nos Estados Unidos e afetou a economia.

Embora o vírus seja mais letal para pessoas mais velhas, a pandemia também está motivando eleitores jovens, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada entre 29 de setembro e 13 de outubro. Entre os prováveis ​​eleitores com 34 anos ou menos, 25% nomearam a Covid-19 como sua principal preocupação ao escolher um presidente, enquanto empregos e a economia foram citados por 20%.

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