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Fique atento: Quando procurar médico por conta de febre?

Fique atento: Quando procurar médico por conta de febre? Por conta da pandemia do novo coronavírus, medir a temperatura corporal logo na entrada de diversos estabelecimentos tem se tornado uma rotina. O normal é a variação entre 36,1°C e 37,2°C. A febre é um motivo de preocupação, porque acende o alerta de que algo não está normal no organismo.

O aumento temporário da temperatura corporal é uma defesa para combater uma infecção ou condição que pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou processos inflamatórios.

Também pode ser uma reação do corpo no nascimento dos dentes do bebê ou a um estado emocional em um adulto. Não é doença, é um sintoma que deve ter a origem descoberta. E, dependendo da situação, é necessário procurar um hospital.

Febre em crianças e em adultos: como agir

É considerado febrícula se a temperatura medida na axila da criança ou do bebê estiver igual ou superior a 37,8°C. Acima de 38°C, a febre deixa de ser branda e é necessário ir ao médico. No caso dos bebês e crianças, a temperatura varia com a idade, atividade e a hora do dia. Os bebês tendem a ter temperaturas mais altas do que crianças mais velhas. É maior entre o final da tarde e o começo da noite e menor entre a meia-noite e o início da manhã.

Um adulto é considerado febril se a temperatura estiver acima de 37,5°C. Além dos 37,8°C, é considerado febre. Vários fatores podem afetá-la: atividade física, emoções fortes, alimentação, roupas grossas, medicamentos, temperatura ambiente elevada e umidade do ar alta. Nas mulheres, pode aumentar em 1°C ou mais na segunda metade do ciclo menstrual.

Quem estiver em um quadro febril, deve ter a temperatura verificada várias vezes por dia, sempre anotando os horários e os resultados. É uma informação importante para ser repassada ao médico ou à médica e contribuir para o diagnóstico.

Para ajudar a baixar a febre, o paciente precisa se manter hidratado; evitar o excesso de roupas ou de cobertores, priorizando alternativas de proteção mais leves; manter o local ventilado e tomar um banho rápido com água morna, especialmente após administração de medicamentos. Se a pessoa tiver muitos tremores, o banho deve ser interrompido imediatamente.

Não são indicados tomar banho frio ou gelado, nem passar álcool pelo corpo, isso piora a situação ao causar calafrios e pode levar ao aumento da temperatura do corpo.

Quando buscar a orientação médica

Nas situações de febrículas ou de quadro febril, as pessoas podem optar inicialmente pela teleconsulta, especialmente com o médico ou médica de confiança. Assim, obtém orientações sobre os procedimentos iniciais a serem adotados.

No caso das crianças, deve-se procurar a emergência de hospital se a temperatura chegar a 40,6°C; se o quadro durar mais de cinco dias; se tiver menos de três meses e ainda não tomou as doses de vacina; se estiver com a boca seca, lábios ressecados ou se chorar sem lágrimas; se urinou menos de três vezes em um dia; se está diferente do normal, menos ativo e alerta; se tiver convulsões, com dificuldade de acordar ou se nada o alivia.

Nos adultos, o atendimento presencial no hospital é necessário se a febre for persistente de três a cinco dias, se seguir em picos espaçados ou se mantiver por mais de uma semana mesmo sendo baixa. Dor de cabeça intensa e constante, no peito e de garganta, vômitos, vermelhidão na pele, dor abdominal e ao urinar, rigidez na nuca, sensibilidade à luz, dificuldade em respirar e confusão mental são sinais associados que merecem atenção especializada.

Além destes, deve recorrer ao médico ou à médica imediatamente a pessoa em estado febril que tiver problemas cardíacos, anemia falciforme, diabetes, fibrose cística, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou outros problemas pulmonares crônicos. Ainda demanda cuidados o paciente com a imunidade baixa causada por terapia prolongada com corticoide, transplante de medula óssea ou órgão, remoção de baço, tratamento de HIV ou câncer. Quem retornou de viagem com sintomas de febre também precisa procurar atendimento.

Seja na febrícula, no estado febril ou de febre alta, não é recomendado dar remédios sem a orientação de um(a) clínico geral ou do(a) pediatra. Só o especialista pode avaliar a dosagem recomendada de antitérmico ou analgésico conforme o caso. Os pais devem respeitar a prescrição, porque o remédio não costuma ter efeito imediato, já que precisa de um tempo para agir no organismo.

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