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Duílio Monteiro Alves é eleito presidente do Corinthians

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Duílio Monteiro Alves, 45, venceu neste sábado (28) a eleição para a presidência do Corinthians. Ele assumirá o cargo em 4 de janeiro e comandará o clube no triênio 2021-2023.

Candidato da situação, indicado pelo atual presidente Andrés Sanchez, o ex-diretor de futebol é o quinto a se eleger pela grupo Renovação e Transparência, que comanda o clube desde 2007, ano em que Sanchez foi eleito presidente pela primeira vez.

A chapa encabeçado por Duílio bateu na disputa a do ex-presidente Mário Gobbi (2012-2015) e a de Augusto Melo, ex-assessor das categorias de base do time alvinegro.

Rompido com Sanchez desde o início de sua gestão, Gobbi se aliou nesta eleição a grupos de oposição e a ex-membros da situação. Melo seguiu caminho parecido após ter atuado na base corintiana em parte do mandato do delegado de polícia.

Eles não conseguiram impedir que o Renovação e Transparência elegesse o quinto presidente corintiano consecutivo. Além dos dois mandatos de Andrés Sanchez (2007-2012 e 2018-2020) e da gestão de Gobbi, Roberto de Andrade comandou o clube entre 2015 e 2018.

Ambos atuaram à sombra de Sanchez, que afirma estar disposto a se distanciar do clube a partir do início do mandato de Duílio.

Como principal desafio, Duílio terá que lidar com uma dívida de cerca de R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 902 milhões referentes ao clube social e ao departamento de futebol. O restante contempla o financiamento da Neo Química Arena.

Sobre o estádio, pelo qual o clube deve à Caixa Econômica Federal R$ 569 milhões, a atual gestão afirma que deverá assinar nas próximas semanas um acordo com o banco para prorrogar o pagamento até o fim de 2040. Antes, o vencimento ocorreria em 2028.

Além disso, não haverá mais pagamentos mensais. Serão 17 prestações anuais e um período de carência até 2022. Uma parte desse montante, R$ 300 milhões, será quitada com o dinheiro dos naming rights pagos pela Hypera Pharma, que batizou o estádio corintiano como Neo Química Arena.

Duílio também será cobrado a fazer uma gestão mais responsável sobre os investimentos na montagem de um time vencedor. Sob sua gestão, a dívida do departamento de futebol cresceu devido ao alto número de contratações. Chegaram 40 atletas em 33 meses, média de um reforço a cada 25 dias.

Quando ele se licenciou do cargo, a equipe ocupava a 12ª posição do Brasileiro, com 9 pontos, um acima da da zona de rebaixamento. Atualmente, está em 10º, com 29 pontos.

O Corinthians amargou, também, duas eliminações precoces na temporada: antes da fase de grupos da Libertadores e nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Durante a gestão mais recente do ex-diretor de futebol, o clube também conquistou duas vezes o Paulista, em 2018 e 2019.

Não houve registros de incidentes durante a votação, que aconteceu das 9h às 17h no ginásio do Parque São Jorge. Ao todo, 11 mil sócios estavam aptos a votar. Cerca de terço desse número compareceu, número bem próximo ao registrado nas últimas cinco eleições, que tiveram 3.100 votantes em média.

O número registrado neste sábado foi considerado positivo pela comissão eleitoral, devido à pandemia de Covid-19. “O sócio se sentiu seguro a votar com as condições que nós oferecemos”, disse o presidente da comissão, Romeu Tuma.

Os sócios foram orientados a permanecer nas dependências do clube apenas o tempo necessário para votar. Idosos e pessoas com deficiência puderam levar até um acompanhante. A maioria também levou a própria caneta, já que o pleito foi em cédula de papel, e havia álcool em gel nas mesas.

Nas imediações da sede alvinegra, porém, apoiadores das três chapas fizeram aglomerações para exibir faixas e cartazes em apoio aos candidatos ao longo de toda a votação até a divulgação do resultado.

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