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Governo concede três terminais portuários com previsão de R$ 400 milhões em investimento

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – No último leilão de infraestrutura do ano, o governo concedeu nesta sexta (18) três terminais portuários localizados na Bahia e em Alagoas. O leilão teve também a concessão de um terminal no porto de Paranaguá, que é do governo do Paraná.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, aproveitou o evento para defender o governo, afirmando que o país receberá nos próximos dois anos “a maior entrada de capital da história”, como resultado de leilões de concessões realizados pelos governos federal e estaduais.

“Não vamos aceitar o pessimismo, não há espaço mais para isso. Vamos acreditar que o Brasil está com tudo para dar certo e vai dar certo, está vocacionado para ser grande”, afirmou, criticando “pessoas que torcem contra o país”, sem, no entanto, indicar quem seriam.

As áreas leiloadas pelo governo federal têm investimentos estimados em R$ 400 milhões. No leilão desta sexta, apenas uma área teve competição: um terminal de granéis sólidos vegetais no porto de Aratu, na Bahia, foi concedido à CS Brasil Transporte de Passageiros por outorga de R$ 53,5 milhões. A companhia disputou a área com Intermarine Portos e Logística e Cejen Brasil.

Sem disputa, a CS levou um terminal de granéis sólidos minerais no porto de Aratu, sem concorrência, por R$ 10 milhões. O terminal do Porto de Maceió, de granéis líquidos, foi arrematado pela Tmac Agroindústria e Comércio de Fertilizantes, também em concorrência, com outorga de R$ 50 mil.

Em leilão disputado, a Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) concedeu por R$ 25 milhões uma área para movimentação de cargas no porto de Paranaguá. A disputa foi vencida pela Acensus Gestão e Participações.

Desde 2019, os portos do Paraná atuam de forma descentralizada, com autonomia para tomar suas próprias decisões, sem necessidade de consultas ao governo federal. A área leiloada nesta quinta será dedicada à movimentação de veículos e receberá R$ 22,2 milhões em investimentos.

“O objetivo do Paraná, de forma muto clara e breve, é ser o hub logístico da América do Sul”, disse o governador do estado, Carlos Ratinho Jr. “Geograficamente, estamos no centro de 70% do PIB da América do Sul”, completou.

Em 2020, a Antaq (Agência de Transportes Aquaviários), concedeu cinco áreas portuárias. Para 2020, planeja a primeira privatização de porto do país, com a venda da companhia Docas do Espírito Santo. O projeto prevê investimento de mais de R$ 1 bilhão, disse o diretor-geral da agência, Eduardo Nery.

“É um projeto de suma importância porque vai ser um piloto para outras concessões cujos estudos já se iniciaram, que são os casos dos portos de Santos e Itajaí”, afirmou Nery.

O ministro da Infraestrutura destacou os diversos leilões de concessão e privatização feitos em 2020, como uma defesa da confiança do setor privado no país. Na manhã desta sexta, o Rio Grande do Sul concedeu um trecho rodoviário com investimentos previstos em R$ 2,7 bilhões.

Na quinta (18), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) leiloou 11 lotes de linhas de transmissão de energia, em oferta com grande concorrência, que têm investimentos previstos em R$ 7,3 bilhões. Freitas lembrou também de leilões de saneamento realizados durante o ano.

Para 2021, o governo já agendou, entre outros, leilões de concessão de aeroportos, novos terminais portuários e da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste Leste).

Além disso, afirmou Tarcísio, o governo finaliza os termos para conceder seis lotes de rodovias no Paraná. A consulta pública será aberta em janeiro e a expectativa é oferecer os lotes em um único dia em 2021.

Também nesta sexta, o governo assinou a renovação de contratos de duas ferrovias operadas pela Vale, que preveem investimentos de R$ 19 bilhões em modernização e ampliações, incluindo um ramal ligando a região metropolitana de Vitória a Anchieta, no sul do Espírito Santo.

Freitas afirmou que o ramal garantirá a retomada das operações do terminal de minério de Ubu, que escoava a produção da Samarco, em Mariana (MG) e está subutilizado desde o rompimento da barragem que deixou 19 mortos em 2015.

“O dia de hoje é um dia especial para o setor de infraestrutura no Brasil”, disse o ministro. “Contratamos R$ 30 bilhões [de investimentos] só no ano de 2020, que foi um ano difícil. um ano de pandemia.

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