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Fifa registra ação criminal por gestão de Blatter em projeto de museu

(Reuters) – A Fifa informou ter entrado com uma ação criminal com a promotoria de Zurique, alegando evidências de “má gestão criminosa” em um projeto de museu criado pelo ex-presidente Joseph Blatter.

A entidade que controla o futebol mundial disse que sua acusação “identificava o envolvimento direto do ex-presidente da Fifa Joseph S. Blatter junto com outras pessoas” nos acordos feitos sobre o museu que fica no centro de Zurique.

“A queixa inclui os custos de todo o projeto de 500 milhões de francos suíços (564,59 milhões de dólares) e identifica que a administração anterior da Fifa gastou 140 milhões de francos suíços na reforma de um prédio que a organização não possui, enquanto também se inseriu em um longo contrato de locação em termos desfavoráveis em comparação com as taxas padrão do mercado, que, no total, custarão à Fifa 360 milhões de dólares até a data de vencimento em 2045”, disse a Fifa em um comunicado.

“Isso é meio bilhão de francos suíços que poderia e deveria ter sido canalizado para o desenvolvimento do futebol global.”

O advogado do ex-dirigente, Lorenz Erni, afirmou: “As acusações são infundadas e veementemente repudiadas”.

Blatter, que foi presidente da Fifa por 17 anos, foi suspenso e posteriormente banido pelo comitê de ética da entidade, depois de ser alvo de um processo criminal na Suíça em 2015.

O secretário-geral adjunto da Fifa, Alasdair Bell, disse que uma auditoria foi realizada no projeto.

“Essa auditoria revelou uma ampla gama de circunstâncias suspeitas e falhas de gestão, algumas das quais podem ser de natureza criminosa e que, portanto, precisam ser devidamente investigadas pelas autoridades competentes”, declarou Bell em comunicado.

A Fifa informou que também planeja enviar toda a documentação relevante ao seu próprio comitê de ética.

(Reportagem de Simon Evans)

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