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Irritado com arbitragem, Santos ainda tenta aproximação com a Conmebol

SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Depois do empate sem gols com o Boca Juniors (ARG) na última quarta-feira (6), em Buenos Aires, pelas semifinais da Copa Libertadores, o Santos se sentiu injustiçado após o suposto pênalti em Marinho não assinalado, o que, no entanto, não é o pior dos problemas. Com novo presidente, o clube se vê desamparado pela Conmebol, com quem tem relacionamento extremamente restrito.

Uma das opções para essa ponte com a entidade máxima do futebol sul-americano seria a CBF. O Santos chegou a pedir ajuda por meio de um ofício, mas a relação entre entidade brasileira e Conmebol também está desgastada —o clube também recorreu à FPF. Dessa forma, o protesto contra a arbitragem acontece em um momento de desarticulação.

Recém-eleito presidente, Andrés Rueda assumiu o Santos no final de dezembro. Assim, por tudo ainda ser muito recente, o novo mandatário não planejou quem será o escolhido para criar abertura com a Conmebol e a própria CBF. José Renato Quaresma, membro do comitê de gestão, pode ser um candidato, já que foi designado para ser o “espelho” do departamento de futebol.

Tal dificuldade em um momento tão delicado foi criada por José Carlos Peres, presidente que esteve à frente do clube de 2018 a 2020. Conhecido por ser centralizador, o dirigente utilizava do cargo para criar a abertura com as entidades em vez de designar algum diretor para isso. Hoje, Rueda precisa construir do zero uma relação com as as organizações que gerem o futebol.

O novo presidente até foi a público para cobrar medidas cabíveis pelo episódio do suposto pênalti em Marinho, mas, para o jogo de volta, na quarta-feira que vem (13), por exemplo, o colombiano Wilmar Roldán foi escalado como árbitro principal, enquanto o chileno Julio Bascuñán assumirá o VAR (árbitro de vídeo).

Na partida em La Bombonera, Marinho sofreu carga na pequena área do zagueiro argentino Carlos Izquierdoz. Caiu, pediu a penalidade, mas não foi atendido. O VAR foi acionado, mas o árbitro chileno Roberto Tobar sequer foi chamado para verificar o vídeo. Prevaleceu sua marcação em campo. O áudio da conversa foi divulgado pela Conmebol na quinta (7) e causou ainda mais confusão.

“Já chega! Está acontecendo com muitos clubes e solicitamos que isso não ocorra mais e, principalmente, os atos não fiquem impunes. Solicitamos que isso não ocorra mais. São dois clubes muito grandes, dois dos maiores times do mundo, e isso só atrapalha o espetáculo. Queremos que as tecnologias sejam bem utilizadas e que todos sejam tratados da mesma forma”, disse Rueda.

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