Economia

Ações do Carrefour sobem após proposta de fusão da Couche-Tard

PARIS (Reuters) – O gigante varejista europeu Carrefour recebeu uma abordagem de fusão da operadora canadense de lojas de conveniência Alimentation Couche-Tard, fazendo com que as ações da empresa francesa subissem 13% nesta quarta-feira.

Espera-se que grupos europeus de supermercados busquem parcerias para conter a concorrência de rivais online como Amazon, mas o anúncio da Couche-Tard de que abriu negociações exploratórias com o Carrefour levantou dúvidas de analistas sobre o potencial de economia de custos ou compras.

A Couche-Tard, que tem como foco principal os postos de gasolina na América do Norte, estaria entrando em território que ainda não explorou com o Carrefour. O maior varejista da Europa Continental tem operações na Europa e no Brasil, incluindo seus hipermercados ao lado de cidades.

“Dada a natureza e localização dos negócios da ATD, vemos pouco espaço para sinergias”, disseram analistas do Citi, acrescentando que a competição acirrada torna a França um mercado particularmente difícil.

Não ficou imediatamente claro se a Couche-Tard poderia tentar escolher a dedo as operações do Carrefour.

A Couche-Tard fez aquisições menores no passado, embora tenha sido considerada como pretendente em potencial para os postos de gasolina Speedway da Marathon Petroleum no ano passado, antes que outro comprador fechasse o negócio por 21 bilhões de dólares.

Não há certeza neste estágio de que essas discussões resultarão em qualquer acordo ou transação, disse a Couche-Tard.

O Carrefour, que descreveu a abordagem como amigável, disse que as negociações são preliminares, mas a notícia fez com que suas ações subissem 13,6% nesta quarta-feira.

A Bloomberg informou que a Couche-Tard estava discutindo uma oferta de cerca de 20 euros por ação, que avaliaria o Carrefour em 16,2 bilhões de euros.

A empresa emprega mais de 320 mil pessoas em todo o mundo, incluindo 105 mil na França, seu maior mercado. É também o maior empregador do setor privado da França.

“Se a transação potencial fosse apenas para o segmento de lojas de conveniência do Carrefour, poderíamos entender melhor a lógica estratégica”, disseram analistas da Raymond James.

(Por Dominique Vidalon)

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