Agro

Exportação total de café do Brasil cai 9,4% em janeiro, diz Cecafé

As exportações totais de café do Brasil recuaram 9,4% em janeiro ante igual período do ano passado, a 3,1 milhões de sacas de 60 kg, disse nesta terça-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), avaliando a performance como “boa” apesar da desaceleração do ritmo de embarques mensais recordes vistos ao final do ano passado.

Em relatório, a entidade destacou que no acumulado do ano safra 2020/21 o Brasil ainda registra o melhor desempenho em cinco anos para o período entre julho –quando a temporada tem início– e janeiro.

Considerando apenas os embarques de café verde do Brasil, que atingiram 2,89 milhões de sacas de 60 kg no mês passado, houve uma queda de 8,1% em comparação com janeiro do ano anterior, diante de menores exportações de café arábica.

Principal variedade de café cultivada no Brasil, o arábica teve baixa de 9,3% nos embarques no mês passado, para 2,65 milhões de sacas. Já as exportações de café robusta somaram 241,5 mil sacas, alta de 7,9%.

A entidade destacou que a receita cambial obtida com as vendas alcançou 404,13 milhões de dólares em janeiro.

Se convertida para reais, a cifra apura alta de 10,2% no ano a ano –a forte desvalorização recente da moeda brasileira frente ao dólar tem dado impulso às exportações agrícolas brasileiros.

“O mês de janeiro apresentou uma boa performance nas exportações de café, com destaque para o significativo aumento da receita cambial”, disse em nota o novo presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, cuja eleição foi anunciada na véspera.

Apesar do ritmo mais fraco dos embarques ante janeiro de 2020, Rueda chamou atenção para um crescimento nas vendas de arábica para os Estados Unidos, Bélgica, Colômbia e França. A variedade representou 84,2% do volume de café exportado pelo Brasil em janeiro.

O presidente do Cecafé também destacou o avanço na comercialização de robusta –conhecido localmente como conilon– para Colômbia, Itália e Argélia.

O principal destino de café brasileiro em janeiro foram os justamente os Estados Unidos, que importaram 692,4 mil sacas de café, o equivalente a 22% do volume total, disse o Cecafé, acrescentando que a Alemanha ocupou o segundo lugar (532 mil sacas, 19,6% de participação no mercado).

“(Dos) principais destinos de café brasileiro, a Colômbia e a Bélgica se destacaram por registrar os crescimentos de 237% e 56,4%, respectivamente”, afirmou a entidade.

A Bélgica foi o terceiro principal cliente do Brasil em janeiro, enquanto a Colômbia –maior produtora global de café arábica lavado– ocupou a sexta colocação do ranking.

(Por Gabriel Araujo)

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