Brasil

Pacheco e Lira falam em papel institucional de cada Poder após visita a presidente do STF

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fizeram o que chamaram de uma visita de cortesia ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, nesta quinta-feira na esteira de prisão de um deputado por ofensas aos integrantes da corte.

Ainda que o tema não tenha sido tratado, segundo Lira e Pacheco, a visita serviu, disseram, para estreitar e reafirmar o caráter institucional da relação entre os dois Poderes.

A Câmara tem sessão convocada para as 17h da sexta-feira para avaliar se mantém ou relaxa a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso após insultos e ataques a ministros do STF.

“Reafirmamos o papel institucional e constitucional de cada um dos Poderes. A receita dessa boa convivência será o cumprimento do papel de cada Poder, observando a sua competência, observando suas atribuições constitucionais”, disse Pacheco em coletiva após a reunião com o presidente do Supremo.

“A gente tem compromisso com a solução dos problemas do Brasil e isso passa necessariamente por uma boa convivência entre o Senado Federal, a Câmara dos Deputados, o Supremo Tribunal Federal, e a Presidência da República, o governo federal”, acrescentou, afirmando que o encontro tratou de uma visita de cortesia, sem abordar qualquer assunto específico.

Lira corroborou a fala de Pacheco, e enfatizou o tema do “convívio harmônico dos Poderes”.

Também abordaram, segundo Lira, matérias relacionadas ao Judiciário em tramitação no Legislativo, além das reformas.

“Uma conversa absolutamente cordial, harmônica, respeitosa, onde absolutamente não foi tratado nenhum tema específico lateral, que esteja acontecendo por ocasião de decisões do Supremo ou de decisões do Legislativo”, disse o presidente da Câmara.

“Eu acho que cada Poder tem a sua atribuição. Não pré-faço julgamentos de como vai ser o placar (de votação sobre a prisão do deputado). Ao presidente da Casa cabe ter o equilíbrio necessário para conduzir o processo e o plenário, como nosso maior representante, é quem decidirá com tranquilidade. A independência dos Poderes preconiza isso”, completou.

Lira afirmou ainda que não há “nenhum tipo de crise” sobre esse caso “absolutamente fora da curva”.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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