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Protestos na Espanha contra prisão de rapper entram no 4º dia e premiê repudia tumultos

O primeiro-ministro da Espanha repudiou nesta sexta-feira os tumultos que abalam grandes cidades desde a detenção e o aprisionamento de um rapper acusado de glorificar o terrorismo e insultar a realeza em suas canções, e os protestos entraram em seu quarto dia.

A pena de prisão de nove meses de Pablo Hasel, conhecido por seus raps intensamente anti-establishment, estimulou o debate sobre a liberdade de expressão na Espanha, levando o governo a anunciar que tornará as leis de liberdade de expressão menos restritivas e provocando protestos que se tornaram violentos em algumas ocasiões.

“A democracia protege a liberdade de expressão, inclusive a expressão dos pensamentos mais horríveis e absurdos, mas a democracia jamais protege a violência”, disse o premiê, Pedro Sánchez, em um evento, prometendo “ampliar e aprimorar a liberdade de expressão”.

Nesta sexta-feira, algumas centenas de universitários marcharam em Barcelona exigindo a libertação de Hasel em uma manifestação essencialmente pacífica, cujo momento mais dramático ocorreu quando alguns manifestantes lançaram ovos contra a sede da polícia.

O clima contrastou muito com o das três últimas noites, em que a polícia disparou gás lacrimogêneo e balas de espuma contra manifestantes que atearam fogo em lixeiras e motos e saquearam lojas. Também houve confrontos na capital Madri e em outras cidades.

“A Espanha é um país com liberdade de expressão, claro, mas há ameaças a esta liberdade”, disse o chefe da Anistia Internacional espanhola, Esteban Beltrán, à Reuters.

(Por Joan Faus, Nathan Allen, Luis Felipe Castilleja, Guillermo Martinez e Silvio Castellanos)

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