Agro

Açúcar bruto e café disparam na ICE em meio a ganhos generalizados de commodities

Os contratos futuros do açúcar bruto e café arábica negociados na ICE registraram fortes altas nesta segunda-feira, em meio a ganhos generalizados em commodities, com o firme avanço do petróleo, e à queda no número de casos de Covid-19 em diversos países.

AÇÚCAR

* O contrato março do açúcar bruto fechou em alta de 5,5%, a 18,78 centavos de dólar por libra-peso, após tocar o maior nível em quase quatro anos e renovar a máxima contratual, a 18,89 centavos. Na semana passada, o açúcar bruto já havia acumulado alta de 7,5%.

* Operadores disseram que os vendidos estão deixando o mercado, dando impulso aos preços.

* “Só posso imaginar que há uma grande corrida para entrega em março, com poucos fornecedores”, disse um trader nos Estados Unidos.

* Eles acrescentaram que o ambiente de negócios segue melhorando, com o número de casos de Covid-19 nos EUA, por exemplo, diminuindo de forma dramática.

* Especuladores aumentaram a posição comprada líquida em açúcar bruto na ICE na semana até 16 de fevereiro em 5.068 contratos.

* “Os produtores estão em ‘overhedge’, enquanto o mercado está com medo de vender porque não entende o que está acontecendo. Os únicos vendedores são os fundos –e realizações de lucros não estão em seu DNA”, disse a Marex Spectron em nota.

* O açúcar branco para maio avançou 7 dólares, para 488,40 dólares a tonelada.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em alta de 5,8 centavos de dólar, ou 4,5%, a 1,3495 dólares por bushel, tendo alcançado o mais alto patamar desde dezembro, a 1,3625 dólares. O arábica subiu 5% na semana passada.

* Operadores disseram que o café tem sido impulsionado por temores relacionados à próxima safra do Brasil e por expectativas de inflação global.

* Eles acrescentaram que preocupações com o transporte, diante de uma escassez na disponibilidade de contêineres em algumas origens, também são um fator de suporte.

* O café robusta para maio avançou 47 dólares, ou 3,4%, para 1.416 dólares a tonelada, depois de tocar o maior nível desde novembro durante a sessão.

(Reportagem de Maytaal Angel e Marcelo Teixeira)

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