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Em visita à CBF, Inter ouve VAR e pede padronização na avaliação de lances

PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, esteve na sede da CBF nesta segunda-feira (22). O mandatário permaneceu no Rio de Janeiro após a derrota do clube colorado por 2 a 1 para o Flamengo no dia anterior para se manifestar sobre as decisões da arbitragem e a utilização do VAR (árbitro de vídeo).

Barcellos participou de um almoço protocolar com o presidente Rogério Caboclo e, em seguida, teve acesso aos vídeos e áudios do VAR dos jogos contra Vasco e Flamengo. Nas duas partidas houve polêmicas.

“Saímos mais convictos de que não foi pênalti no jogo contra o Vasco [de Cuesta em Cano], que o gol [de Dourado] foi legal, e mais indignados ainda pela falta de critério na expulsão de ontem [de Rodinei]”, disse à reportagem.

“O juiz não vê o lance como violento, mas como sem intenção de machucar. Acidental é a palavra usada. Ele mantém isso, que o lance foi acidental. E o árbitro de vídeo o chama e insiste que o lance seja observado. Daí ele observa o lance fora de contexto e tem outra interpretação. Porque na câmera aberta se enxerga toda jogada, mas, na câmera fechada, se vê um pé com o outro, e parece outro lance, totalmente desconectado da realidade do jogo”, afirmou.

“Mostramos e registramos outros lances mais violentos, com intenção de machucar, em outros jogos, que os jogadores envolvidos ganharam amarelo. E este foi vermelho. Registramos isso, nossa preocupação é com a falta de critério adotada neste lance e em outros que podem acontecer”, completou.

O presidente do Inter ainda disse que o VAR precisa padronizar lances deste tipo para que não surjam novas dúvidas e interpretações diversas que possam influenciar diretamente nos resultados dos jogos.

“O Inter registrou sua posição formalmente e sabe que a decisão de campo foi tomada, mas isso precisa melhorar. A tecnologia precisa ser melhor utilizada. O VAR já tem dois anos de uso, e já temos banco de dados suficiente para uma padronização de procedimentos. Precisamos de critérios mais claros. Alguns critérios já estão mais claros, como mão na bola e bola na mão, mas, neste caso, de jogo brusco, entrada temerária, não está claro, e precisa estar”, explicou.

A CBF disse ao mandatário que tem trabalhado pelo crescimento do futebol brasileiro e melhora na utilização do VAR. O clube, por sua vez, registrou sua posição sobre os últimos acontecimentos. A CBF, contudo, não fez uma manifestação formal sobre os lances.

“Era importante estar lá. A CBF diz que está fazendo a parte dela, buscar melhorar o futebol, atualizar os critérios, mas não há uma manifestação formal deles sobre isso. Eles abrem para nós acessarmos os arquivos, mas quem conclui as coisas somos nós. A CBF não faz uma manifestação formal, e isso nos causa estranheza”, finalizou.

Sobre os lances do jogo com Vasco, o presidente do Inter mostrou total tranquilidade. A conversa do VAR reflete o protocolo de ações previsto na utilização da tecnologia, que prevê que, em momento de falha irá ser considerada a decisão do árbitro de campo. O pênalti de Cuesta em Cano, porém, ainda desagrada a direção gaúcha.

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