Agro

CEO da Petrobras vê biocombustível de aviação como fator para descarbonização

O CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nesta terça-feira que os biocombustíveis, especialmente aqueles direcionados para a indústria da aviação, serão fatores importantes para “descarbonizar” os transportes nos próximos anos.

O Brasil, grande produtor de milho e cana-de-açúcar, é também um grande consumidor de etanol, vendido na forma de hidratado, consumido pelos veículos flex, ou anidro (misturado à gasolina).

“Para o futuro, estamos evoluindo para o biocombustível de aviação, o que será muito importante para a descarbonização do transporte, então estamos focando em navios e aviões”, disse o executivo durante a conferência de energia CERAWeek.

Os biocombustíveis de aviação são derivados da biomassa de plantas ou resíduos. Eles produzem menos emissões de CO2 do que o combustível de aviação convencional.

Além disso, a Petrobras está entre as maiores exportadoras de combustível naval com baixo teor de enxofre da região. Concorrentes como a venezuelana PDVSA e a mexicana Pemex não apresentaram, nos últimos anos, muito progresso na produção dos combustíveis com baixo teor de enxofre exigidos pelos mercados de exportação.

Questionado sobre como uma empresa de grande porte como a Petrobras, que se concentra em manter os custos de produção baixos, poderia se movimentar mais rapidamente para atingir a transição energética, Castello Branco disse que “os elefantes também podem dançar e voar”.

“A Petrobras era conhecida como um elefante, uma petroleira estatal muito grande e muito burocrática, muito lenta. Estamos em busca de soluções e diagnósticos rápidos para a resolução de problemas, pois vivemos em um mundo guiado pela tecnologia”, afirmou.

(Reportagem de Gram Slattery, no Rio de Janeiro, e Marianna Parraga, na Cidade do México)

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