Principal área agrícola da Argentina terá chuvas escassas nas próximas semanas
A principal área agrícola da Argentina receberá poucas chuvas nas próximas semanas, disse nesta quinta-feira a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC), após precipitações abundantes nos últimos dias limitarem as perdas causadas pela seca sobre a soja e o milho.
A entidade reduziu na semana passada suas projeções para as safras da oleaginosa e do cereal a 44 milhões e 45 milhões de toneladas, respectivamente, devido à falta de chuvas na Argentina, maior exportadora global de derivados da soja e terceira maior fornecedora de milho.
As chuvas intensas vistas no início da semana evitaram que os rendimentos das duas principais culturas do país continuassem diminuindo. No entanto, a bolsa não prevê mais registros importantes de chuva na principal região agropecuária da Argentina até o final do mês.
Na próxima semana, “a maior parte da Região Pampeana e a maior parte do Uruguai observarão precipitações escassas ou nulas (menos de 10 milímetros), com focos de volumes moderados”, disse a BdeC em seu relatório climático semanal, que reiterou o prognóstico para a última semana de março.
Em seu relatório de cultivos, a bolsa destacou que, embora as chuvas recentes tenham gerado um alívio significativo para a soja, as áreas de semeadura tardia ainda apresentam condições muito heterogêneas em importantes zonas produtoras.
(Reportagem de Maximilian Heath)
