Brasil

Bolsonaro pede que ministro da Defesa deixe cargo e amplia mudanças em ministérios

O presidente Jair Bolsonaro pediu o cargo do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, em um movimento que deve dar início a uma reforma ministerial que inclui mudanças na Casa Civil e na articulação política do governo.

A demissão de Azevedo e Silva pegou parlamentares e mesmo ministros de surpresa. A saída do ministro, no entanto, não é fato isolado e foi o início de uma reforma ministerial mais ampla, decidida nas últimas horas por Bolsonaro.

O advogado-geral da União, José Levi, divulgou carta com pedido de demissão. Segundo uma fonte do governo, no entanto, assim como Azevedo, foi o presidente quem pediu o cargo.

O Palácio do Planalto ainda não se manifestou oficialmente sobre a troca na Defesa e as outras que devem ser anunciadas em breve.

De acordo com uma fonte palaciana, o atual ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, deve assumir a Defesa. Já a Casa Civil poderá ir para Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria de Governo, enquanto esse cargo, que faz a articulação política do governo, poderia ir para as mãos de um parlamentar do centrão.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, apresentou pedido de demissão, que ainda não foi oficialmente aceito pelo presidente. De acordo com uma fonte, Bolsonaro pretende ter o nome de seu substituto decidido antes de fazer o anúncio das trocas.

Ao sair de um encontro com Bolsonaro e a bancada de Santa Catarina, o senador Jorginho Mello (PL-SC) disse a jornalistas que o presidente havia dito a eles que trocas ministeriais seriam anunciadas ainda nesta segunda.

“Ele falou que vai fazer uma trocas até hoje à noite e nós vamos ficar sabendo em breve”, disse o senador.

De acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters, o presidente decidiu pedir o cargo de Azevedo e Silva em uma rápida reunião no início da tarde desta segunda. A demissão foi comunicada pelo próprio ministro em uma nota, em que enfatizou ter preservado as Forças Armadas como instituições de Estado.

“Agradeço ao presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao país, como ministro de Estado da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, afirmou Azevedo na nota oficial.

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