Asia

Covid-19 provavelmente veio de morcegos, mas é preciso mais estudos, diz OMS

Um estudo conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da China sobre a origem da Covid-19 sustenta que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos a humanos através de outro animal e que um vazamento de laboratório é “extremamente improvável” como causa, disse um sumário visto pela Reuters nesta segunda-feira.

A OMS não respondeu de imediato a um pedido de comentário, mas disse que o relatório completo dos especialistas independentes será publicado na terça-feira às 11h (horário de Brasília) depois que países-membros tiverem sido inteirados.

Os resultados, noticiados primeiramente pela agência Associated Press, estão em linha com o que especialistas da OMS disseram anteriormente sobre suas conclusões após uma visita feita entre janeiro e fevereiro à cidade chinesa de Wuhan, onde os primeiros casos humanos foram detectados no final de 2019.

Três laboratório de Wuhan que trabalham com vários coronavírus têm níveis de biossegurança de alta qualidade e “bem administrados”, e não houve relatos de doenças respiratórias compatíveis entre funcionários durante os meses anteriores, disse o relatório.

Exames de anticorpos subsequentes tampouco produziram resultados positivos do vírus SARS-CoV-2, segundo o relatório.

“Em vista do supramencionado, uma origem laboratorial da pandemia foi considerada extremamente improvável.”

Ainda há muitas perguntas sem resposta a respeito do vírus que desencadeou a pandemia, e a equipe propôs mais pesquisas em morcegos e pangolins na China e no sudeste da Ásia.

Investigações de outros animais selvagens, como civetas, martas e furões, que se sabe terem sido infectados pelo vírus foram recomendadas.

Muitos casos humanos iniciais foram associados ao mercado de frutos do mar de Huanan, em Wuhan, que também vendia animais selvagens, “mas um número semelhante de casos foi associado a outros mercados e alguns não foram associados a nenhum mercado”, disse o relatório, acrescentando que não é possível tirar nenhuma conclusão.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus, confirmou o recebimento do documento, mas não quis dar detalhes, dizendo em uma entrevista coletiva em Genebra: “Todas as hipóteses estão sendo cogitadas e justificam estudos completos e adicionais”.

O relatório não exige a aprovação dos países-membros.

Os Estados Unidos acreditam que a investigação liderada pela OMS exigirá mais estudo do vírus, talvez incluindo uma visita de retorno à China, disse uma autoridade norte-americana graduada aos repórteres na semana passada, dizendo esperar que ele se “baseie na ciência”.

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