Economia

Guedes diz esperar imunização de rebanho em três a quatro meses

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira esperar que o país chegue à imunização de rebanho contra a Covid-19 em até quatro meses e que, com isso, o impacto econômico gerado pelo agravamento da pandemia no início deste ano seja menor do que o verificado em 2020.

“Acho que esse baque com o recrudescimento da pandemia será menor, a queda será menor e muito mais curta do que a queda anterior, exatamente porque estamos com vacinação em massa, com isso tudo”, disse Guedes durante participação em live da XP.

“Eu espero que em três, quatro meses a gente tenha atingido aquele ponto crítico da imunização de rebanho e que retorno seguro ao trabalho vai acontecer”, acrescentou.

A imunidade de rebanho ocorre quando uma parcela relevante de uma população desenvolve anticorpos contra o agente causador de uma doença, dificultando sua transmissão.

A Organização Mundial de Saúde já estimou que cerca de 70% das pessoas nos países precisariam ser vacinadas contra o coronavírus para que a imunidade de rebanho à Covid-19 seja atingida. Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, pouco mais de 16,8 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina, o que corresponde a menos de 8% da população.

Em novembro, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, chegou a afirmar que “vários Estados” já tinham atingido ou estavam perto de atingir a imunidade de rebanho, mesmo antes do início da vacinação no país.

O cálculo levou em conta uma linha de corte de 20% –ou seja, este seria o percentual mínimo de pessoas já infectadas pelo novo coronavírus que garantiria um certo efeito de proteção contra a circulação do vírus. Em janeiro, em meio ao recrudescimento da pandemia em várias regiões do país, Sachsida disse ter sido um erro se pronunciar sobre o tema e se desculpou.

Guedes destacou que o país começou o ano consolidando sua recuperação econômica em V –quando há uma forte e rápida recuperação após queda expressiva– e que, assim que o pior da pandemia ficar para trás o governo retomará seu programa de trabalho, com reformas e privatizações.

(Com reportagem adicional de Isabel Versiani)

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