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Conta do WhatsApp roubada pode ser recuperada pelo usuário

Conta do WhatsApp roubada pode ser recuperada pelo usuário Links falsos podem enganar usuários e induzir que senhas e códigos de verificação sejam compartilhados com cibercriminosos.

Os golpes de WhatsApp estão cada vez mais frequentes no meio digital e fatores como o período de compras no final do ano podem abrir portas para que criminosos consigam invadir e roubar contas. Uma das estratégias usadas para lesar os usuários é a utilização de links falsos, que podem oferecer promoções, brindes e vantagens.

Por meio desses links malicioso, os usuários são influenciados a fornecer senhas e códigos de verificação entregando aos hackers o acesso à conta e aos contatos com quem a pessoa costuma conversar.

Caso o usuário tenha confirmado ser uma da vítima de um golpe, é possível solicitar a recuperação do perfil junto ao próprio WhatsApp.

De acordo com informações disponibilizadas na página oficial da plataforma, a vítima deve entrar na conta com o número de telefone e confirmar o acesso com um código de seis dígitos que será enviado por SMS. Dessa forma, a pessoa que estiver usando sua conta será desconectada automaticamente.

Durante o passo a passo para recuperar a conta, pode ser necessário incluir o código de confirmação em duas etapas, que é criado pelo próprio usuário. Se a pessoa não lembrar qual é a sequência numérica, é possível que o cibercriminos tenha ativado esse recurso de segurança. Nesse caso, é necessário aguardar sete dias para poder acessar a conta sem o código de confirmação em duas etapas.

Assim, mesmo sem saber qual era o código da confirmação que foi pedido inicialmente, a pessoa que estava usando a conta será desconectada quando a vítima inserir o código de seis dígitos recebido por SMS. PUBLICIDADE

Recorrendo à justiça

Caso a própria plataforma não consiga resolver o problema, pode ser necessário recorrer à justiça, mesmo que isso possa ser mais trabalhoso.

“O direito à ação o usuário sempre terá. Cada caso é um caso mas, em regra, a pessoa que teve a conta invadida deu causa, ou seja, ela clicou em um link ou passou o código, por exemplo. Logo, afasta-se, na maioria das vezes, a responsabilidade do WhatsApp”, diz advogado especialista em direito digital Luiz Augusto D’Urso.

De acordo com o especialista, algumas vezes usuários do aplicativo vão ao tribunal por conta da demora na no atendimento e na devolução da conta. Para isso, seria necessário comprovar tanto a demora na resposta, como os danos causados pela perda da conta.

Contra os criminosos, a vítima precisa adotar outros procedimentos, dessa vez junto à delegacia de crimes virtuais. “A vítima pode apresentar a lavratura do Boletim de Ocorrência, informações de depósitos, contas e empréstimos. Juntar esse tipo de informação pode auxiliar na identificação do criminoso”, destaca Luiz Augusto.

Dica do WhatsApp Web
Uma dica para saber se alguém está acessando seu perfil é pelo WhatsApp Web, a versão para computador do app. Isso pode ser feito entrando no menu do aplicativo do celular (ao lado da lupa), e clicando em WhatsApp Web.

“Basta você entrar nessa lista e, se não houver ninguém conectado, você tem certeza de que não foi invadido. Isso porque, se você for invadido, ou estará nesta lista, ou você vai perder o acesso à própria conta”, ressalta o advogado.


Verificação em duas etapas

Umas das formas de se blindar desses cibercriminosos é utilizar a confirmação em duas etapas. Este recurso faz com que a conta no aplicativo tenha uma camada extra de segurança, através de um código criado pelo próprio usuário.

Para ativá-lo, basta a área de configurações/ajustes no aplicativo, acessar a conta, a confirmação em duas etapas, e depois ativar o serviço. Então, o WhatsApp solicitará que você crie uma senha (PIN) de 6 dígitos e um e-mail para confirmar.

“Essa confirmação é muito importante porque, caso o usuário forneça de alguma maneira o código de verificação recebido por SMS, ele ainda terá a proteção dessa senha pessoal, da confirmação em segundo fator”, ressalta Luiz Augusto.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques

Fonte: R7

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