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Lucro do Itaú sobe 63,6% no primeiro trimestre e atinge R$ 6,4 bilhões

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Itaú Unibanco registrou uma alta de 63,6% no lucro do primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2020, para R$ 6,398 bilhões, informou o banco nesta segunda-feira (3).

Em relação ao quarto trimestre do ano passado, o avanço foi de 18,7%. O resultado superou as estimativas dos analistas de mercado, que esperavam um lucro de R$ 5,861 bilhões, segundo média levantada pela Bloomberg.

O Itaú é o segundo entre os grandes bancos a divulgar os ganhos referentes ao primeiro trimestre —o primeiro foi o Santander, que registrou lucro de R$ 4,012 bilhões no período.

O resultado do Itaú reflete uma redução do custo de crédito do banco e uma maior carteira de crédito no período.

Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (3), o custo de crédito caiu 59,2% no primeiro trimestre em relação a igual período de 2020, para R$ 4,1 bilhões. O resultado vem do recuo de 57,3% nas reservas feitas para cobrir possíveis calotes (provisões) e de alteração no impairment (custo de deterioração) de ativos financeiros, que saiu de uma despesa de R$ 89 milhões para ganhos de R$ 48 milhões após a reversão de um cliente específico que teve a dívida reestruturada.

“A redução no custo do crédito ocorreu devido ao provisionamento feito em março de 2020, devido à alteração do cenário macroeconômico e das perspectivas financeiras das pessoas e das empresas, capturada por nosso modelo de provisionamento por perda esperada”, afirmou o banco em relatório.

A carteira de crédito do Itaú no Brasil —incluindo garantias financeiras e títulos privados— somou R$ 668,6 bilhões, alta de 12,8% na mesma base de comparação. As concessões de recursos para grandes empresas, que têm a maior participação na carteira, totalizaram R$ 279 bilhões, aumento de 11,5%.

Os empréstimos para pessoas físicas, por sua vez, subiram 9,8%, para R$ 261,3 bilhões. Já o crédito para micro, pequenas e médias empresas registrou avanço de 22,7%, para R$ 128,3 bilhões.

A carteira total do banco, considerando América Latina, totalizou R$ 906,4 bilhões no primeiro trimestre, alta de 15% na mesma relação.

A carteira de crédito renegociado do banco atingiu R$ 36,9 bilhões, alta de 16,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020 e avanço de 2,8% em comparação aos três meses anteriores.

“O aumento da carteira de crédito renegociado ocorreu em carteiras que estavam com até 90 dias de atraso no momento da renegociação, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas”, afirmou o banco em relatório.

O índice de inadimplência acima de 90 dias do Itaú ficou em 2,3%, valor estável em relação ao trimestre imediatamente anterior e uma queda de 0,8 p.p. (ponto percentual) em comparação aos primeiros três meses de 2020.

Especificamente na carteira de micro, pequenas e médias empresas, no entanto, o índice de inadimplência atingiu 2,5% no primeiro trimestre deste ano, alta de 0,8 p.p. em relação ao visto nos três meses imediatamente anterior e avanço de 0,2 p.p. na comparação anual.

O banco atribuiu a alta principalmente ao fim da carência de contratos que foram flexibilizados nos trimestres anteriores.

“Este efeito foi compensado pela redução do atraso em cartão de crédito de pessoas físicas, cujo índice atingiu o menor patamar desde a fusão entre Itaú e Unibanco. O índice do segmento de grandes empresas ficou estável em relação ao trimestre anterior, no menor patamar desde 2012”, completou.

A margem financeira do banco (principal receita, com operações de crédito) totalizou R$ 18,6 bilhões, avanço de 4,7%. O aumento foi principalmente impulsionado pela margem com o mercado, que atingiu R$ 2,5 bilhões -mais do que o triplo do registrado no primeiro trimestre de 2020.

As receitas com prestação de serviços atingiram R$ 9,6 bilhões, alta de apenas 0,5% na mesma base de comparação.

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RAIO-X DO ITAÚ NO 1º TRIMESTRE

Lucro líquido

R$ 6,398 bilhões

Carteira de crédito no Brasil

R$ 668,6 bilhões

Margem financeira

R$ 18,6 bilhões

ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido)

18,5%

Funcionários

97.097

Agências e pontos de atendimento

4.334

Principais concorrentes

Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander

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