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Morre Julião Sarmento, símbolo da arte portuguesa contemporânea, aos 72 anos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O artista plástico português Julião Sarmento morreu, aos 72 anos, nesta terça-feira (4), devido a um câncer. A morte foi anunciada nas redes sociais do Ministério da Cultura de Portugal.

Na nota divulgada pela pasta, Sarmento é definido como um artista de “uma obra diversa e transversal” e alguém que se destaca pelo “trabalho sobre o corpo e o desejo, num erotismo simbólico e sútil”.

Nascido em Lisboa, em 1948, Sarmento estudou pintura e arquitetura na Escola Superior de Belas Artes da capital portuguesa, é autor de uma série de pinturas, desenhos, esculturas e instalações e performances.

Atualmente, ele é reconhecido mundialmente como um dos maiores nomes da arte do país.

O artista teve influências do pós-conceitualismo da década de 1970 e da nova figuração de 1980, mas ganhou fama por um discurso plástico próprio, o que ficou evidente no convite para participar de edições da Bienal de Veneza e da Documenta, em Kassel, na Alemanha.

Em entrevista à Folha em 2002, quando Sarmento foi um dos destaques da Bienal de São Paulo, ele disse que a perversidade é uma estética sempre presente em suas obras. “Há uma grande perversão, no bom sentido, é claro, nas minhas obras, que passam pela ambiguidade de temas, duplicidade de conceitos e diversos significados numa única coisa.”

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