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Encontro entre Biden e Putin pode baixar temperatura, mas não será “recomeço”

Os Estados Unidos e a Rússia estão diminuindo as expectativas de grandes avanços em uma cúpula de superpotências entre os respectivos presidentes, Joe Biden e Vladimir Putin, já que os adversários não estarão no clima para fazer concessões sobre seus desentendimentos profundos.

Os detalhes da reunião –local, data e pauta– ainda estão sendo negociados pelos dois lados com a meta de agendá-la para junho em um terceiro país na esteira das visitas de Biden ao Reino Unido e a Bruxelas para conversas com aliados em sua primeira viagem ao exterior desde que tomou posse em janeiro.

A Casa Branca reluta em dizer que Biden está buscando um “recomeço” das relações com Putin, e autoridades dos EUA veem um encontro face a face como uma oportunidade para reequilibrar o relacionamento se distanciando dos afagos do ex-presidente Donald Trump no presidente russo.

“Em nossa opinião, não é um recomeço. É um esforço para que não seja mais um foco central, para torná-lo mais previsível, trabalhar juntos no que concordamos –e no que discordamos, defender nossas posições”, disse uma autoridade de alto escalão da Casa Branca à Reuters pedindo anonimato.

“Um recomeço implica que isto será um ‘relacionamento estratégico mais importante da Presidência’ único e definidor, e não acho que esta seja a mensagem que estamos tentando enviar.”

Para o Kremlin, autoridades russas veem a cúpula como importante para ouvir Biden diretamente depois que uma fonte próxima do governo da Rússia disse haver sinais conflitantes da nova gestão norte-americana.

(Por Steve Holland e Humeyra Pamuk em Washington e Andrew Osborn em Moscou)

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