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Fraudes em aplicações financeiras descentralizadas batem recorde

Perdas com roubo de criptomoedas, invasões de sistema e fraudes caíram drasticamente nos primeiros quatro meses do ano, mas crimes no crescente espaço de “finanças descentralizadas” (DeFi, no acrônimo em inglês) atingiu um recorde histórico, mostrou um relatório da empresa de inteligência em criptografia CipherTrace nesta quinta-feira.

Aplicações DeFi são plataformas que facilitam empréstimos feitos diretamente em criptomoedas fora dos bancos tradicionais, usando um código-fonte aberto com algoritmos que definem as taxas em tempo real baseado na oferta e na demanda. Muitos DeFi são incorporados a blockchain ethereum.

Globalmente, criminosos no setor cripto roubaram 432 milhões de dólares no final de abril, de acordo com o relatório da CipherTrace. Cerca de 56% disso, ou 240 milhões de dólares, foram relacionados a DeFi, um recorde.

Em 2020, as perdas no setor de criptografia por meio de fraude e crime foram de 1,9 bilhão de dólares. Em 2019, as perdas com crimes criptográficos atingiram o recorde de 4,5 bilhões de dólares.

A queda nos crimes no setor cripto reflete algum amadurecimento do setor, à medida que a infraestrutura melhorou e empresas e bolsas aumentaram os sistemas de segurança.

As aplicações financeiras descentralizadas, no entanto, são outra história. O valor fechado – o número total de empréstimos nas plataformas DeFi – era de 86 bilhões de dólares na última quarta-feira, mostraram os dados do DeFi Pulse, um aumento de cerca de 650% em relação aos 11 bilhões de dólares em outubro.

A alta repentina no crescimento da indústria atraiu os ladrões, e participantes do mercado disseram que o aumento da criminalidade deve acelerar à medida que aplicações DeFi se expandem ainda mais.

“À medida que mais dinheiro é despejado no espaço de investidores de varejo e institucionais, pessoas mal-intencionadas buscarão tirar proveito do hype para atrair inocentes para os golpes, e hackers buscarão projetos que foram lançados sem realizar auditorias de segurança adequadas, explorando lacunas codificadas nos smart contracts”, disse Dave Jevans, presidente da CipherTrace, à Reuters.

((Tradução Redação São Paulo; +55 11 56447764))

REUTERS IL AAP

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