Africa

Altos preços do milho pressionam consumidores da África do Sul e elevam inflação

Por Tanisha Heiberg

JOHANESBURGO (Reuters) – Os preços elevados do milho para alimentação básica estão pressionando os consumidores sul-africanos descapitalizados, ainda em recuperação da pandemia do coronavírus, e aumentando a inflação dos alimentos.

Uma corrida mundial nos preços do milho causada pela alta demanda de importação da China, secas na América do Sul e condições secas em partes dos Estados Unidos e do Canadá aumentou as cotações locais do cereal, apesar das expectativas de uma grande safra de milho na África do Sul em 2020/21.

O contrato do milho branco doméstico de setembro fechou em 3.107 rands (224,85 dólares) por tonelada na quinta-feira, 28% acima de um ano atrás, enquanto o contrato de milho amarelo fechou 26% acima, comparado ao ano anterior, em 3.223 rands, próximo a uma máxima de quase cinco anos atingida neste mês.

CONTANDO MOEDAS

O milho branco é a principal fonte de calorias para a maior parte das famílias do país, que tem batalhado em décadas de desigualdade, desemprego e uma economia que já estava em recessão antes da pandemia da Covid-19.

Os consumidores também tiveram que desembolsar mais dinheiro para comprar carne devido ao milho amarelo –fonte primária de energia na alimentação de gado e de frango.

Um clima favorável impulsionou os criadores de gado a abaterem menos animais subindo os preços mais ainda.

“No primeiro trimestre de 2021, o número de abate (de animais) de carne vermelha caiu 3,5% comparado com ao ano anterior”, afirmou a economista sênior na Absa AgriBusiness, Dr Marlene Louw.

O custo médio da cesta básica para uma família de baixa renda de sete membros subiu 19% para 4.137 rands em maio de 2021, comparado ao ano anterior, segundo informações da iniciativa da sociedade civil Pietermaritzburg Economic Justice and Dignity Group.

(Reportagem adicional de Akhona Matshoba)

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