Economia

Ibovespa renova máximas em maior série de altas desde 2018

O Ibovespa engatou a oitava alta seguida nesta segunda-feira, na maior série de ganhos desde 2018, renovando máximas e superando os 131 mil pontos pela primeira vez, com bancos entre os principais suportes.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com elevação de 0,5%, a 130.776,27 pontos, novo recorde de fechamento. No melhor momento da sessão, alcançou 131.190,30 pontos – nova máxima intradia. O volume financeiro no pregão somou 33,8 bilhões de reais.

Mais cedo, refletindo ajustes e tendo de pano de fundo a queda de preços de commodities como o minério de ferro e o petróleo e a hesitação em Wall Street, o Ibovespa chegou a ceder a 129.498,16 pontos. Mas no começo da tarde já se firmou no azul.

“O Ibovespa segue com sua tendência de alta principal”, disse o analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro, chamando atenção para o desempenho de bancos, que ele cita como principal porta de entrada de estrangeiros na bolsa dada a ampla liquidez.

Dados da B3 respaldam tal percepção, com o saldo de capital externo positivo em 3,9 bilhões de reais no segmento Bovespa nos dois primeiros pregões deste mês, após entrada líquida de 12,2 bilhões de reais em maio.

Para o chefe de renda variável da Acqua-Vero Investimentos, Alexandre Jung, embora o novo recorde demonstre apetite de investidores por vários setores, a performance dos bancos respondeu por forte impulso na sessão.

“Nas últimas semanas, os bancos têm demonstrado bastante força”, observou, atribuindo tal movimento a dados sobre retomada da economia, aumento de crédito, mas também porque esses papéis ficaram subprecificados na crise.

Da pauta macroeconômica, pesquisa Focus mostrou forte revisão nas projeções para o PIB em 2021 após a divulgação na semana passada de dados melhores do que o esperado sobre atividade econômica, com a mediana das projeções agora apontando alta de 4,36%.

No exterior, Wall Street fechou com o S&P 500 em baixa de 0,08%.

DESTAQUES

– ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 2,35%, a 33,04 reais, chegando a 33,18 reais na máxima, maior nível intradia desde fevereiro de 2020. O Banco Central apontou que pandemia derrubou a rentabilidade dos bancos em 2020 ao menor patamar em pelo menos dez anos, mas que a perspectiva é de melhora este ano. BRADESCO PN valorizou-se 1,25%, BANCO DO BRASIL ON avançou 2,15% e SANTANDER BRASIL UNIT subiu 1,89%.

– BANCO INTER UNIT caiu 3,71%, entre os destaques negativos e na contramão do setor no Ibovespa, após anunciar que escolheu os bancos para potencial follow-on, no valor fixado 57,84 por unit, bem como convocou AGE para aprovar aumento de capital de 7 bilhões de reais.

-AZUL PN avançou 5,57%. Relatório do Bradesco BBI elevou a recomendação da ação a “outperform” e o preço-alvo no final de 2022 a 75 reais, acrescentando que possíveis fusões e aquisições envolvendo a companhia aérea podem reescrever a história do setor no país. GOL PN subiu 3,93%, com o noticiário incluindo melhora na demanda em maio e conclusão do processo de seleção de relação de troca em reorganização da Smiles.

– PETROBRAS PN recuou 0,74%, acompanhando a fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent fechou em baixa de 0,56%, a 71,49 dólares o barril.

– VALE ON caiu 0,97%, conforme o preços do minério de ferro na China recuaram nesta segunda-feira, após dados comerciais chineses moderados e menores margens de lucros em siderúrgicas terem reduzido o entusiasmo do mercado sobre as perspectivas de demanda. No setor de mineração e siderurgia do Ibovespa, o pior desempenho foi de CSN ON, que terminou em baixa de 2,96%.

– IGUATEMI teve alta de 1,8%. Após o fechamento da bolsa, a administradora de shopping centers informou que seu conselho de administração aprovou proposta de reorganização societária pela qual a empresa será incorporada por sua controladora, o Grupo Jereissti.

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