Agro

Óleo de soja tem máxima recorde em Chicago com firme demanda por biocombustíveis

Os contratos futuros do óleo de soja negociados em Chicago atingiram uma máxima recorde nesta segunda-feira, com o foco se mantendo nas ofertas apertadas em meio a uma forte demanda do setor de biocombustíveis, à medida que motoristas voltam às estradas dos Estados Unidos após a flexibilização de restrições ligadas à Covid-19.

No final da manhã (horário local), o óleo de soja para entrega em julho avançava 0,24 centavo de dólar, a 71,58 centavos de dólar por libra-peso. Os preços alcançaram uma máxima de 73,74 centavos durante o “overnight”, superando o recorde anterior, de 2008.

O aumento nos preços dos óleos vegetais está contribuindo para que as cotações dos alimentos no mundo figurem no maior patamar em mais de uma década, elevando os custos de produtores de carnes com ração animal, além de ameaçar o potencial de contribuição dos biocombustíveis para que os governos cumpram suas metas climáticas de emissão.

Os contratos do óleo de soja para a nova safra apuravam ganhos ainda mais acentuados, apoiados por preocupações de que as ofertas possam continuar apertadas caso a colheita da safra da oleaginosa no Meio-Oeste dos EUA, que está sendo semeada neste momento, decepcione.

Os futuros do óleo de soja já acumulam salto de 71,3% neste ano, devido à redução nos estoques da commodity, que colocou consumidores finais em uma disputa para atender à demanda global por alimentos e ração, além do setor de combustíveis renováveis.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) projeta que os estoques globais de soja recuarão 10,3% até setembro, para 86,55 milhões de toneladas, uma mínima de cinco anos.

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