Agro

Exportação de carne bovina do Brasil recua 18% em maio com China; acumula queda no ano

As exportações de carne bovina do Brasil recuaram 18% em maio ante igual período do ano passado, o que levou o embarque acumulado em 2021 a voltar ao território negativo, mostraram dados das associações do setor Abiec e Abrafrigo nesta terça-feira.

De acordo com dados do governo federal compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), os embarques de carne bovina (in natura e processada) somaram 149,8 mil toneladas no mês passado. A receita atingiu 725,2 milhões de dólares, queda de 7% na comparação anual.

Com isso, o acumulado de janeiro a maio do atingiu 710.093 toneladas exportadas, um recuo de 2,9% frente aos cinco primeiros meses de 2020, informou a associação.

Por outro lado, as receitas ainda apuram alta de 2,2% na mesma base de comparação, a 3,2 bilhões de dólares.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) detalhou que os volumes mais fracos em maio foram puxados por uma redução nos embarques para a China, principal cliente do Brasil em carne bovina.

O país asiático, por meio do continente e da cidade-estado de Hong Kong, importou 87.231 toneladas da proteína em maio, versus 118 mil toneladas no mesmo mês do ano passado, afirmou a Abrafrigo também com base em dados do governo federal.

No acumulado do ano, as compras chinesas alcançaram 418.160 toneladas, leve alta em relação às 413.648 toneladas registradas entre janeiro e maio de 2020, acrescentou a Abrafrigo.

A associação dos frigoríficos ainda destacou um aumento gradual nas aquisições de carne bovina brasileira pelos Estados Unidos, que se tornaram o segundo maior importador do produto. Os norte-americanos adquiriram 10.691 toneladas em maio, o que elevou o acumulado no ano para 33.700 toneladas.

“As compras dos EUA são 165,8% maiores que em 2020 e a receita obtida cresceu 149,4%”, disse a Abrafrigo, acrescentando que o Chile completa o pódio de principais clientes do Brasil no setor, com 32.600 toneladas importadas até maio, alta de 7,8%.

(Por Gabriel Araujo)

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