Economia

Faturamento real da indústria recua 1,3% em abril ante março, mostra CNI

Em meio à segunda onda da pandemia do novo coronavírus, o faturamento real (descontada a inflação) da indústria recuou 1,3% em abril ante março, na série já livre de efeitos sazonais. O dado faz parte da pesquisa Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta sexta-feira.

Conforme a CNI, o faturamento da indústria vem oscilando entre altas e baixas nos últimos meses: houve queda de 4,1% em fevereiro e avanço de 3,1% em março, antes da baixa de 1,3% verificada em abril. “Com isso, o faturamento segue em patamar próximo ao registrado em setembro de 2020”, registrou a confederação. “Naquele mês, o faturamento havia encerrado série de altas decorrentes da recuperação da atividade industrial após a paralisação de abril.”

Apesar do resultado negativo no faturamento, os dados indicam melhora nas variáveis ligadas à atividade em abril. As horas trabalhadas na produção cresceram 0,7%, depois de terem avançado 1,1% em março.

Já o emprego industrial subiu pelo nono mês consecutivo, com taxa de 0,3%, enquanto a massa salarial real (descontada a inflação) teve alta de 1,6% em abril.

Conforme a CNI, a massa salarial retornou ao patamar verificado em fevereiro de 2020 – antes da pandemia de covid-19. O rendimento médio real, conforme a pesquisa, também teve alta de 1,6% em abril ante março.

Capacidade instalada

A CNI informou ainda que, apesar da segunda onda da pandemia, a utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu de 81,1% em março para 82,3% em abril, na série livre de efeitos sazonais. A confederação destacou o fato de a utilização da capacidade pela indústria estar se mantendo nos últimos meses acima dos 80%. Em abril de 2020, no auge da primeira onda, o porcentual estava em 69,7%.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a indústria brasileira está recompondo estoques. “Todo esse movimento, com utilização da capacidade instalada elevada e crescimento constante no emprego, é resultado do rápido crescimento do segundo semestre do ano passado e da resiliência na indústria nos primeiros meses do ano”, avaliou.

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