Central America

Argentina e México convocam embaixadores na Nicarágua para consultas após prisão de opositores

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Os governos de Argentina e México convocaram seus embaixadores na Nicarágua para consultá-los sobre a situação política no país após as recentes detenções de vários opositores ao presidente Daniel Ortega, informou na segunda-feira o Ministério de Relações Exteriores do México em nota conjunta. 

Nas últimas semanas, a polícia da Nicarágua prendeu 14 personalidades críticas ao atual presidente do país, entre eles vários pré-candidatos presidenciais e inclusive alguns ex-companheiros de Ortega na guerrilha sandinista. O último deles foi o jornalista Miguel Mora, na noite de domingo. 

Argentina e México anunciaram que os embaixadores Mateo Capitanich e Gustavo Cabrera, respectivamente, foram convocados a voltarem a seus países para “serem consultados sobre as preocupantes ações políticas-legais realizadas pelo governo nicaraguense nos últimos dias”. 

Segundo a nota, as medidas “colocam em risco a integridade e a liberdade de diversas figuras da oposição (incluindo pré-candidatos presidenciais), ativistas e empresários nicaraguenses”. 

Os governos argentino e mexicano, juntamente com Belize, Dominica e Honduras, se abstiveram de votar em uma recente resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovada por 26 países e que condenou as ações de Ortega. Nicarágua e San Vicente e Granadinas votaram contra.

Os dois países explicaram no comunicado que irão se manter atentos à evolução dos acontecimentos na Nicarágua. Além disso, mostraram sua disposição para colaborar construtivamente na promoção do diálogo para que os próprios nicaraguenses superem o conflito de maneira pacífica. 

(Reportagem de Noé Torres)

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