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Musk diz que pode precisar de US$30 bi para manter Starlink em órbita

O bilionário Elon Musk afirmou nesta terça-feira que seu empreendimento Starlink estava crescendo rapidamente e estimou um custo total de investimento no negócio de satélites de internet entre 20 bilhões e 30 bilhões de dólares.

Sem revelar detalhes, ele também disse que a Starlink tem “duas parcerias bastante significativas com grandes empresas de telecomunicações” que podem ajudar a divisão SpaceX a preencher as lacunas nas redes móveis e celulares de quinta geração.

O presidente-executivo da Tesla e fundador da SpaceX, empresa de foguetes, afirmou que os custos iniciais de investimentos antes de a Starlink atingir um fluxo de caixa positivo seriam de 5 bilhões a 10 bilhões de dólares.

“É muito, basicamente”, disse Musk, em entrevista por vídeo da Califórnia para o Congresso Mobile World, o maior evento anual da indústria de telecomunicações que está ocorrendo em Barcelona.

A Starlink, um conjunto de satélites de órbita baixa que oferece conexão de alta velocidade e baixa latência, já está oferecendo um serviço experimental e busca uma cobertura global, exceto os polos norte e sul, a partir de agosto, disse Musk.

No momento, tem mais de 1.500 satélites no ar e está operando em cerca de uma dúzia de países, adicionando mais a cada mês, disse Musk, prevendo que o total de clientes chegará a meio milhão nos próximos 12 meses, de 69.000 atualmente.

Céticos questionam se a internet por satélite pode algum dia desenvolver um modelo de negócios viável porque o principal mercado que tenta atingir é o de pessoas vivendo em áreas remotas, muito pequeno em números brutos para sustentar os enormes custos de investimento.

Musk disse que estava conversando com possíveis parceiros, já que vários países exigem que as operadoras forneçam cobertura rural como condições para suas licenças 5G.

Ele também disse que se as operadoras de telecomunicações têm estações de celular em regiões remotas, elas podem usar o Starlink para permitir que se conectem a redes centrais.

(Reportagem adicional de Hyunjoo Jin em Berkeley, Estados Unidos)

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