Economia

Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA caem; demissões atingem mínima de 21 anos em junho

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, enquanto as demissões despencaram para o menor patamar em 21 anos em junho, enquanto as empresas seguravam seus trabalhadores em meio à escassez de mão de obra.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do Estado caíram 51 mil para um número com ajuste sazonal de 364 mil na semana encerrada em 26 de junho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

Mas o ritmo de queda desacelerou desde maio, quando os pedidos caíram abaixo de 400 mil pela primeira vez desde março de 2020, quando começou a paralisação de negócios não essenciais para conter a primeira onda de infecções por Covid-19.

Os pedidos aumentaram em meados de junho, interrompendo um período de seis semanas consecutivas de queda. Economistas consultados pela Reuters previam 390 mil novos pedidos para a última semana.

Os pedidos caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a 250 mil que é vista como consistente com condições saudáveis do mercado de trabalho.

Parte da recente elevação nos pedidos foi atribuída ao chamado “fator sazonal”, que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.

Com pelo menos 150 milhões de norte-americanos totalmente vacinados contra o coronavírus, as restrições relacionadas à pandemia nas empresas e a obrigatoriedade de utilização de máscara foram suspensas. A reabertura da economia levou a uma explosão na demanda, deixando as empresas desesperadas por trabalhadores.

Em um segundo relatório divulgado nesta quinta-feira, a empresa global de recolocação Challenger, Gray & Christmas disse que os cortes de empregos anunciados por empregadores nos EUA caíram 16,7% para 20.476 em junho, o nível mais baixo desde junho de 2000. As dispensas despencaram 88% em comparação com junho de 2020.

Houve 67.975 cortes de empregos no segundo trimestre, o menor número desde o período de abril a junho de 1997. No primeiro semestre deste ano, as demissões caíram 87%, para 212.661, o menor número total para o período de janeiro a junho desde 1995.

Os números das demissões são outro bom presságio para o relatório de emprego do governo para junho, que será divulgado na sexta-feira. Mas a escassez de mão de obra continua pairando sobre as contratações.

A expectativa é de que 700 mil vagas de empregos fora do setor agrícola tenham sido criadas em junho, após um aumento de 559 mil em maio, de acordo com pesquisa da Reuters. A taxa de desemprego deve diminuir de 5,8% no mês anterior para 5,7%.

(Por Lucia Mutikani)

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