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Província argentina determina conciliação para encerrar protesto que paralisa exportação de grãos

O governo da província argentina de Santa Fe determinou na noite de quarta-feira uma conciliação obrigatória para colocar fim à paralisação que bloqueou embarques de grãos em alguns dos principais portos na região de Rosario, centro exportador do país, disse um representante do setor à Reuters.

Protestos de trabalhadores portuários do setor de construção em Rosario, principal centro de grãos do país, atrapalharam os embarques, com bloqueios a estradas em alguns dos principais terminais de exportação da região.

“Temos de cumprir a ordem e continuar com as negociações, o que levará algum tempo”, disse à Reuters Cristian Diaz, autoridade sindical da UOCRA em San Lorenzo, na província de Santa Fe.

O protesto começou na noite de terça-feira, e no dia seguinte se espalhou pelos distritos de Puerto General San Martín e Timbués, ao norte de Rosario, afetando os embarques da Argentina, terceira maior fornecedora global de milho e maior exportadora de farelo de soja do mundo.

Trabalhadores representados pelo sindicato UOCRA reivindicam que as construtoras que atendem empresas agroexportadoras nas instalações portuárias paguem salários mais altos.

“Há piquetes nas entradas das fábricas. Bloquearam tudo, Timbúes e Puerto General San Martín. Todos os portos estão parados. Não podem descarregar ou carregar navios. Há um congestionamento terrível de caminhões”, disse Guillermo Wade, gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas (CAPYM, na sigla em espanhol) na manhã de quarta-feira.

Empresas como Cargill, Nidera e Louis Dreyfus têm suas unidades de processamento e portos em regiões atingidas pelo protesto na Argentina, maior exportadora mundial de farelo e óleo de soja e terceiro maior exportador de grãos de milho.

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