Brasil

Delta já circula no Rio de Janeiro e pode ser variante dominante em breve, diz secretário

A variante Delta da coronavírus está circulando na cidade do Rio de Janeiro e pode se tornar dominante em breve, disse nesta quinta-feira o secretário de Saúde do município, Daniel Soranz, que alertou que a Delta exige uma aceleração da vacinação, em meio à escassez de doses.

Os dois primeiros casos de transmissão local da variante Delta –apontada como mais infecciosa e que tem sido responsabilizada pelo aumento de casos em vários países– foram registrados no bairro de Vila Isabel, zona norte, e em Paquetá, uma ilha que no mês passado teve um vacinação em massa da população.

Cerca de 40 pessoas que tiveram contato com esses pacientes infectados estão sendo monitoradas pela prefeitura.

No Estado, ao menos outros dois casos de transmissão autóctone da Delta já tinham sido confirmados na semana passada, sendo um na Baixada Fluminense e outro na Região Metropolitana. Cerca de 10 pessoas que tiveram contato com esses pacientes testaram positivo e exames de genoma devem confirmar se também estão com a variante Delta.

Originada na Índia, a Delta já foi detectada em cerca de 100 países, tornando-se a variante dominante em alguns deles.

“Ela já começa a circular na cidade, é mais transmissível, porém menos letal. São pessoas que ficaram isoladas, passaram bem pela doença e são casos de transmissão comunitária”, disse Soranz. “Talvez nos próximos dias, ou mês que vem, deve ser a que vai predominar”, previu.

A prefeitura do Rio vacina nesta semana pessoas com até 37 anos e aguarda a confirmação de chegada de mais doses para avançar com o calendário de imunização.

A informação, dada em entrevista à Reuters pelo diretor de Biomanguinhos, Mauricio Zuma, de que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não completará a entrega de 100 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra Covid-19 em julho, conforme previsto inicialmente, gerou preocupação nas autoridades cariocas de saúde em meio à presença da variante Delta na cidade.

“Ela é uma variante preocupante. O importante agora é vacinar e se possível acelerar. O Brasil comprou vacina atrasado, houve problemas de negociação e isso afeta Estados e municípios. Só a aceleração da vacinação vai evitar a disseminação de variante”, disse Soranz.

A cidade do Rio já aplicou a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19 em 70% dos adultos que vivem na cidade, enquanto 26% já receberam as duas doses ou a vacina de dose única.

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