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Sonho da medalha olímpica provavelmente acabou, diz Bruno Soares após cirurgia

TÓQUIO, JAPÃO (FOLHAPRESS) – Em recuperação na Vila Olímpica de Tóquio após ter que passar por uma cirurgia para remover o apêndice nesta quarta-feira (21), o tenista Bruno Soares lamentou perder a chance de participar dos Jogos na chave de duplas.

Em mensagem enviada à reportagem por meio de sua assessoria de imprensa, ele comentou a decepção com a “pancada”, já que, aos 39 anos, a busca da medalha olímpica era sua principal meta ainda a ser perseguida na carreira.

“O sonho provavelmente acabou. Paris é um tiro distante. Quem sabe, há sempre uma possibilidade, mas já estaria com 42 anos. Difícil estar no auge por mais três anos, então o mais provável é que o sonho acabou. Paciência. Derrota dura, pancada forte, mas que fugiu completamente do meu controle”, afirmou o 13º colocado do ranking mundial e vencedor de três títulos do Grand Slam nas duplas.

Soares contou que começou a sentir fortes dores na região da barriga ainda durante a viagem, na conexão que fez em Houston (EUA) na última segunda-feira (19). “No voo de Houston para Tóquio foi muito ruim, uma dor absurda, vomitei duas vezes. A dor não passava. Quando pousei no Japão, tiveram todos os protocolos feitos aqui, foram cinco horas até conseguir ser liberado do aeroporto. Eu ficava deitado no chão.”

A situação melhorou quando o atleta chegou à Vila Olímpica e a equipe médica do Time Brasil já o esperava para atendimento. Medicado, ele conseguiu dormir e sentiu melhoras, mas, apesar dos cuidados paliativos, foi constatada a necessidade da cirurgia.

“Obviamente foi uma grande decepção. Dentro de todos os dias do ano em que pode acontecer uma coisa dessas, foi no pior momento. É uma coisa que a gente tem zero controle. Se fosse uma lesão, daria para tentar fazer alguma coisa e jogar na raça, mas apêndice não tem jeito. Estamos falando de saúde mesmo, risco de vida se a coisa piorasse, então não tinha outra decisão a tomar que não fosse operar às pressas em Tóquio”, constatou.

“Obviamente super triste de não poder competir, mas feliz que correu tudo bem. Toda a equipe médica do Time Brasil e o pessoal aqui do Japão deram uma assistência absurda”, completou.

No ano passado, após vencer o US Open pela segunda vez na carreira, ao lado do croata Mate Pavic, Soares disse que ainda desejava alcançar uma conquista nos Jogos. “A grande meta mesmo, o grande sonho, a grande vontade, é uma medalha olímpica”, afirmou.

Ele, que jogaria ao lado de Marcelo Melo (ex-número 1 do mundo e atualmente 18º colocado), deve ficar em recuperação por três semanas. Apesar da impossibilidade de disputar os Jogos Olímpicos, seus próximos dias serão dentro da Vila Olímpica, até que esteja em condições de entrar no avião e voltar para o Brasil.

Os torneios de tênis começam no sábado (24). Marcelo Melo jogará com outro especialista em duplas, Marcelo Demoliner (52º colocado), agora ex-parceiro de Thiago Monteiro, que seguirá na chave de simples, assim como João Menezes. Eles aguardam desistências para também poder jogar nas duplas.

Luisa Stefani, que em maio também precisou remover o apêndice e ficou fora de Roland Garros, estará presente em Tóquio ao lado de Laura Pigossi.

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