Economia

Caminhoneiros: Fetrabens-SP e Sindicam-SP dizem não apoiar paralisação

A Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens-SP) e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) não vão participar da paralisação nacional dos caminhoneiros prevista para ocorrer a partir da meia-noite de domingo, 25. A informação foi dada ao Broadcast Agro pelo presidente de ambas entidades, Norival de Almeida Silva Preto. “Respeitamos quem vai fazer, mas não vamos aderir ao movimento. Vemos como politicagem”, disse Preto, como é conhecido na categoria. Ele também é vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e foi um dos principais líderes da greve de 2018.

Mais cedo, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou à reportagem que mantém o posicionamento de não orientar os seus associados sobre aderir ou não ao movimento. O movimento de domingo é organizado por algumas entidades da categoria, como o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Entre as reivindicações dos caminhoneiros estão o fim da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras para combustíveis, maior fiscalização nas estradas para cumprimento do piso mínimo de frete e a aposentadoria especial para os motoristas.

Preto, da Fetrabens-SP e Sindicam-SP, discorda de alguns líderes da categoria que pedem a redução dos preços do óleo diesel. “Diesel não é problema só nosso. Se o preço do diesel for baixo, o frete também diminui. Nosso problema é o cumprimento do piso mínimo do frete e não o preço do combustível”, afirmou. Na avaliação dele, a pauta em comum da categoria deveria ser a defesa pelo piso mínimo do frete. “Não adianta ficar fazendo barulho para ficar mal visto e levar fama de baderneiro na estrada pelo que não é pauta nossa”, disse.

Sobre o pedido de aposentadoria especial, com 25 anos de trabalho por envolver atividades insalubres, Preto diz que não há necessidade da concessão de um benefício para toda a categoria e que cada transportador pode solicitar o benefício separadamente no momento de sua aposentadoria. “Por isso, entendemos que não seria uma pauta para fazer movimento de greve”, acrescentou.

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