Agro

Preços do café recuam quase 9% com geadas no Brasil aparentemente menos intensas do que o esperado

Os contratos futuros do café arábica na ICE fecharam em queda acentuada nesta sexta-feira, depois que geadas durante a noite no maior produtor, Brasil, aparentavam ter sido menos intensas e espalhadas do que alguns esperavam.

Os preços do açúcar também caíram com o clima no Brasil e demanda enfraquecida.

CAFÉ

* O café arábica para setembro fechou em queda de 16,95 centavos de dólar, ou 8,6%, em 1,7955 dólar por libra-peso, recuando ainda mais da máxima de sete anos acima dos 2 dólares atingida na semana passada.

* Operadores afirmaram que o dano durante a noite para os cafezais não devem ser tão significantes como os infligidos pelas geadas da semana passada, apesar da saúde das safras estar sendo avaliada.

* “A incerteza sobre a extensão dos danos manteve os preços do café e do açúcar voláteis”, disse o ING em uma nota.

* As temperaturas caíram em todo o Brasil na quinta e na sexta-feira – com rara nevasca durante a noite em vários lugares – à medida que uma massa de ar polar avançava em direção ao centro-sul do país, ameaçando as lavouras de café e cana-de-açúcar com geadas.

* De qualquer forma, já houve estragos na próxima safra do Brasil, segundo fazendeiros e agrônomos.

* O café robusta para setembro fechou em queda de 99 dólares, ou 5,3%, em 1.786 dólares a tonelada, seguindo o arábica.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto para outubro ​​fechou em queda de 0,39 centavo de dólar, ou 2,1%, a 17,91 centavos de dólar por libra-peso.

* Os operadores estão esperando para ver se as temperaturas da noite no Brasil foram frias o suficiente para causar mais danos nas safras de cana-de-açúcar.

* “Os preços caíram com uma realização de lucros e uma visão de que o frio previsto para o Brasil talvez não seja tão frio quanto se temia”, disse um corretor de açúcar.

* Os operadores também afirmaram que a demanda parece ausente com as refinarias premium continuando a sofrer.

* O açúcar branco para outubro ​​fechou em queda de 5,70 dólares, ou 1,3%, a 445,70 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)

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