Asia

Taliban matou parente de repórter da Deutsche Welle, diz emissora alemã

Combatentes do Taliban que perseguiam um jornalista da Deutsche Welle mataram a tiros um parente seu e feriram gravemente outro, disse a emissora pública alemã, acrescentando que mais três de seus jornalistas sofreram operações de busca em suas casas.

O movimento islâmico militante prometeu que permitiria a mídia livre –proibida quando esteve no poder pela última vez, entre 1996 e 2001– ao dar na terça-feira sua primeira coletiva de imprensa desde que ocupou a capital Cabul.

Alguns jornalistas afegãos também relatam ter sido espancados e sofrido operações domiciliares desde que o Taliban tomou Cabul no domingo.

A Deutsche Welle (DW) disse que o Taliban fez uma batida de casa em casa para encontrar o jornalista, que disse estar trabalhando na Alemanha agora e que não identificou. Outros familiares conseguiram fugir, acrescentou.

“O assassinato de um parente próximo de um de nossos editores por parte do Taliban… é inconcebivelmente trágico, e atesta o perigo agudo no qual todos os nossos funcionários e suas famílias no Afeganistão se encontram”, disse o diretor-geral da DW, Peter Limbourg, na noite de quinta-feira, pedindo ao governo de Berlim que ajude.

Um porta-voz do Taliban não respondeu de imediato a um pedido de comentário, e não foi possível contatar outro de imediato.

Alguns jornalistas afegãos dizem que a situação não é clara.

“Eles (o Taliban) nos garantiram que estamos seguros”, disse Khushal Asefi, vice-presidente executivo da emissora particular afegã Ariana Radio & Television Network. “Por ora, estão nos dizendo que não temos nenhum problema, até jornalistas mulheres podem ir à TV, podem fazer programas”, disse ele à DW.

(Reportagem adicional de Charlotte Greenfield e Richard Lough)

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