Middle East

Apple processa produtora israelense de software de espionagem NSO

A Apple anunciou nesta terça-feira que abriu processo contra a empresa israelense de software de espionagem NSO Group e sua controladora OSY Technologies sob a acusação de monitoramento ilegal de usuários de produtos da companhia norte-americana.

A Apple afirmou que também está buscando impedir que a NSO utilize qualquer software, serviço ou aparelho da companhia norte-americana para evitar novos casos de abuso.

A Apple é a mais recente em uma série de empresas e governos a acionar a NSO, a produtora da ferramenta de invasão de sistemas “Pegasus” que grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que foi usada contra ativistas e jornalistas. Mais cedo neste mês, autoridades dos EUA colocaram a companhia em uma lista negra de comércio. A NSO também enfrenta outras ações ou é criticada por Microsoft, Facebook, Alphabet e Cisco Systems.

A NSO é acusada de driblar a segurança de produtos destas companhias e vender a governos estas técnicas na forma de ferramentas de invasão de sistemas eletrônicos.

A NSO não comentou o assunto, mas afirmou anteriormente que apenas vende seus produtos para autoridades e agências de espionagem e que toma medidas para evitar abusos.

No processo, a Apple afirma que as ferramentas da NSO foram usadas em “esforços coordenados em 2021 para mirar e atacar clientes” da companhia e que “cidadãos norte-americanos têm sido espionados pelo spyware da NSO”.

A Apple afirma que a NSO criou mais de 100 contas de usuários falsas da companhia para promover os ataques.

A companhia norte-americana afirmou que até agora não viu evidência de que os produtos da NSO foram usados contra aparelhos da Apple que usam o sistema operacional iOS 15, a versão mais recente da plataforma para dispositivos móveis da companhia.

(Reportagem de Eva Mathews em Bengaluru, Stephen Nellis em San Francisco, Chris Bing em Washington e Steven Scheer em Tel Aviv)

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