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Deputado do PT pede para PGR investigar Bia Kicis pela divulgação de dados de médicos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) entrou com uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) nesta sexta-feira (7) em que pede a abertura de inquérito contra a deputada Bia Kicis (PSL-SP) pela divulgação de dados de médicos a favor da vacinação infantil.

Documentos com informações pessoais de três médicos que defendem a imunização de crianças estavam em poder do Ministério da Saúde e foram vazados em grupos de WhatsApp. A informação foi revelada pelo jornal O Globo.

Os médicos participaram de uma audiência pública da pasta na terça (4) e apresentaram argumentos a favor da imunização de crianças entre 5 e 11 anos.

A parlamentar bolsonarista Bia Kicis, que é contra a vacinação obrigatória de crianças, estava presente na audiência. Ela admitiu ao jornal O Globo que compartilhou as declarações em um grupo de WhatsApp, mas nega que seja a responsável pelo vazamento.

Padilha também protocolou um segundo pedido para a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) em que inclui o ministro Marcelo Queiroga. Ele pede que o órgão para “dimensionar a responsabilidade” do médico cardiologista e da deputada no vazamento das informações, e para “apontar mudanças na proteção dos dados” por parte da pasta.

“É inadmissível que alguém que alguém que preside a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados [Bia Kicis] permita que dados de profissionais respeitados pudessem ser espalhados para que [os médicos] fossem pressionados pela horda negacionista antivacina”, afirma Padilha à reportagem.

Segundo o petista, a audiência “foi uma verdadeira farsa para montar palanque para o negacionismo”.

Os profissionais que tiveram suas informações vazadas são Isabella Ballalai, vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri, diretor da mesma entidade, e Marco Aurélio Sáfadi, da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

A deputada Bia Kicis e o ministério da Saúde não responderam aos pedidos de comentário enviados pela reportagem.

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