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Em vídeo com falas polêmicas, Weintraub anuncia volta ao Brasil: ‘Aqui para lutar’

Abraham Weintraub anunciou, nesta segunda-feira, em sua conta no Twitter, que voltará ao Brasil no próximo dia 15. O retorno acontece no momento em que o ex-ministro da Educação busca viabilizar sua candidatura ao governo de São Paulo para as eleições deste ano. Weintraub está nos Estados Unidos desde junho de 2020, quando deixou a pasta da Educação e passou a ocupar um mandato, que termina neste ano, como diretor-executivo do conselho do Banco Mundial, cargo indicado por Bolsonaro. Na época, o ex-ministro deixou a pasta após uma série de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ofensas públicas à China e críticas pela postura polêmica à frente do ministério.

Em sua conta na rede social, Weintraub divulgou um vídeo em que compila uma série de falas polêmicas suas e imagens da época em que era ministro de Bolsonaro. Uma das afirmações utilizadas na publicação é da vez em que Weintraub defendeu que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia”, em referência aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Na postagem, junto ao vídeo, Weintraub escreveu: “Chego ao Brasil, no Sábado!”

O retorno do ex-ministro acontece no momento em que busca trabalhar a sua candidatura para o Palácio dos Bandeirantes. A intenção de disputar o governo de São Paulo, no entanto, causa um racha entre os bolsonaristas e desagrada até mesmo o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL), como mostrou o colunista do GLOBO Lauro Jardim.

Segundo apuração do colunista, o chefe do Executivo não gostou da ideia de ter Abraham Weintraub no páreo para o maior colégio eleitoral do país, e teme que a sua candidatura atrapalhe seus planos de eleger o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, como governador do estado.

Também apoiadora do nome de Tarcísio, a deputada estadual bolsonarista Janaína Paschoal (PSL-SP) chegou a tentar convencer Weintraub a se lançar para uma cadeira na Câmara dos Deputados em publicação feita no último mês em sua conta no Twitter.

Na postagem, Janaína questionou o ex-ministro e propôs que o ex-titular da Educação também apoiasse Tarcísio para o governo. “O que é isso, companheiro? Bora reunir todos na mesma sigla!”, escreveu a parlamentar. Em resposta, Weintraub afirmou que não é companheiro de Janaína e afirmou acreditar que a postura da deputada foi “muito falsa e interesseira”.

Antes de deixar o ministério da Educação, em junho de 2020, Abraham Weintraub já era alvo de uma série de polêmicas envolvendo o governo federal. Na época, auxiliares presidenciais defendiam a saída de Weintraub desde a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que ele defendeu a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e os chamou de vagabundos.

Além disso, Weintraub já sofria críticas pela sua gestão à frente do ministério e pelo desgaste causado ao governo brasileiro após declarações contra a China, como a que defendia que o vírus causador da Covid-19 teria sido “criado em laboratório” para favorecer o país asiático. A Embaixada chinesa no Brasil chegou a responder às declarações, afirmando que eram “absurdas” e de “cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no  desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”.

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