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Covid-19: menino quilombola, com deficiência motora, é a primeira criança vacinada no Brasil, nesta sexta

RIO — Um menino quilombola com deficiência motora chamado Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, foi a primeira criança na faixa etária de 5 a 11 anos a receber a vacina infantil contra a Covid-19. A aplicação ocorreu no estado de São Paulo. As primeiras doses foram aplicadas nesta sexta-feira, a partir de 12h, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). A prioridade será de crianças com comorbidades ou deficiências. A expectativa do governo estadual é vacinar 4,3 milhões de crianças no período de três semanas.

De acordo com o governo estadual, Davi Nasceu em uma tribo Xavante no estado do Mato Grosso. O menino tem uma condição de saúde que afeta as pernas e o obriga a andar com ajuda de uma órtese.

Durante nove meses, ele e o pai, o cacique Jurandir Siridiwe, — que também apareceu na cerimônica de aplicação de vacina, por vídeo — fizeram viagens periódicas à capital paulista para que Davi fosse tratado no Instituto da Criança do mesmo Hospital das Clínicas.

A aplicação foi marcada por uma cerimônia para dar início à imunização deste novo público-alvo. O governador João Doria participou  do ato, que foi realizado no mesmo local onde ocorreu a aplicação da primeira vacina contra a Covid-19 no Brasil. A vacinação nesta sexta-feira foi simbólica. A aplicação nos postos de saúde começa na próxima segunda.

O país recebeu na madrugada de quinta-feira o primeiro lote de vacinas infantis da Pfizer, a única autorizada para uso no Brasil para a faixa etária de 5 a 11 anos. A remessa chegou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), com um total de 1,248 milhão de doses.

A distribuição das doses começou na própria quinta-feira durante o dia. A quantidade enviada a cada unidade federativa será proporcional à população de crianças. A previsão do Ministério da Saúde é receber 4,3 milhões de doses de vacinas infantis no mês de janeiro e um total de 20 milhões no primeiro trimestre.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu crianças de 5 a 11 anos na bula da vacina da Pfizer, numa decisão anunciada em reunião virtual no dia 16 de dezembro do ano passado.

O Rio de Janeiro recebeu nesta sexta-feira as primeiras doses de vacina contra a Covid-19 para crianças. A previsão inicial era que os imunizantes da Pfizer chegassem ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), nesta madrugada. Porém, as 93.500 doses de vacina enviadas pelo Ministério da Saúde vieram via terrestre e demoraram mais que o previsto.

Segundo a Secretaria estadual de Saúde do Rio, o estado  tem 1.533.654 crianças na faixa etária de 5 a 11 anos. Logo, a quantidade recebida neste primeiro lote corresponde a apenas 6,09% do necessário.

O município do Rio deve buscar suas respectivas doses ainda nesta sexta-feira e iniciará sua campanha de vacinação na próxima segunda-feira. A imunização começará pelas meninas de 11 anos.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na quinta-feira que não faltará vacina para os responsáveis que “desejem vacinar seus filhos” e frisou que “os brasileiros são livres para optar” pela imunização. A declaração foi dada em Brasília, momentos antes de viajar a São Paulo para receber o primeiro lote da vacina contra Covid-19 para crianças. 

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