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Agro e minério de ferro puxam exportação do Brasil para Liga Árabe à máxima de 8 anos

As exportações do Brasil para a Liga Árabe somaram 14,4 bilhões de dólares no ano passado, de acordo com dados compilados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira nesta quinta-feira, com um aumento de 26% ante 2020 e máxima desde 2013, impulsionadas por fortes vendas de minério de ferro e alimentos.

No geral, as exportações brasileiras de produtos agrícolas aumentaram 9,5%, para 8,9 bilhões de dólares, uma vez que a demanda por soja e carne de frango ajudou a compensar a queda nas vendas de açúcar e carne bovina para o grupo de 22 países, mostraram os dados.

As exportações de soja aumentaram 97,5%, para 638 milhões de dólares, e as de frango, quase 22%, para 2,4 bilhões de dólares.

As vendas de minério de ferro saltaram cerca de 173% para 3,8 bilhões de dólares em 2021, a exportação mais valiosa para a Liga.

Embora as vendas de carne bovina tenham caído 5%, para 920,6 milhões de dólares, e as exportações de açúcar tenham baixado quase 4%, para 2,75 bilhões de dólares no ano passado, os dados confirmam que nações como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Bahrein e Egito são os principais parceiros comerciais do Brasil.

A Liga Árabe também comprou 1,04 bilhão de dólares em milho do Brasil, disse a câmara.

A força das vendas brasileiras reflete uma recuperação econômica nos países da Liga Árabe, principalmente os do Golfo, durante a pandemia global, disse Tamer Mansour, secretário-geral da câmara.

O secretário observou que enquanto algumas nações encontraram dificuldades em meio à crise, houve um boom em indústrias como a construção na região.

“Não tenho dúvida que a retomada econômica dos árabes foi muito maior do que nos países desenvolvidos da Europa e da América do Norte”, disse Mansour.

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