Benefícios

Aposentadoria da melhor forma no INSS com planejamento através de dicas

Aposentadoria da melhor forma no INSS com planejamento através de dicas O segurado que se prepara para a aposentadoria alguns anos antes de entrar com o pedido tem mais chances de conseguir o melhor benefício possível, já que pode resolver pendências e, se possível, até aumentar o valor da sua contribuição e melhorar o cálculo do benefício.

Desde 13 de novembro de 2019, quando a reforma da Previdência entrou em vigor, a aposentadoria é calculada considerando todos os valores de contribuição desde julho de 1994, em vez da média dos 80% maiores salários, como antes.

A mudança afeta negativamente a média salarial do futuro aposentado, por isso, é importante se preparar o quanto antes para diminuir o prejuízo.

Aumentar o valor de contribuição, por exemplo, parece ser um ótimo caminho para melhorar a média do benefício, quando, na verdade, é preciso estudar se de fato a mudança fará alguma diferença.

Deixar a documentação organizada é essencial para reduzir as chances de o benefício ser negado, principalmente para quem tem períodos irregulares de contribuição e processos trabalhistas.

O segurado não deve esperar o momento de se aposentar para fazer os devidos ajustes. Correr atrás de documentação pode levar mais tempo do que o planejado e render surpresas inconvenientes.

Saber qual é a melhor regra para se aposentar é outro passo fundamental para receber a maior renda possível no futuro.

É importante acompanhar as mudanças na legislação previdenciária para manter o planejamento atualizado, considerando os diversos cenários que terá para se aposentar. Fazendo o cálculo do provável benefício, o segurado consegue se planejar financeiramente para o futuro.

“A aposentadoria é o resultado da vida inteira de uma pessoa. No planejamento, consegue-se identificar a forma de alcançar o melhor benefício para aquele segurado. Cada um tem a sua realidade”, afirma a advogada Celise Beltrão, da Ingrácio Advocacia.

MELHOR BENEFÍCIO | PLANEJE O FUTURO

  • Descobrir a hora certa de se aposentar e qual tipo de benefício pedir é o caminho para usufruir melhor da aposentadoria
  • Com tempo para se planejar, o segurado consegue resolver pendências para não ter o pedido negado nem menor do que o que tem direito

Quando começar o planejamento

  • O quanto antes o trabalhador começar a planejar a sua aposentadoria, maior a chance de tentar o melhor benefício e de forma mais rápida
  • O objetivo é que ao longo da vida laboral o segurado se prepare e reúna documentos para que, na hora de pedir a aposentadoria, o processo seja tranquilo

Atenção! O planejamento deve ser revisto com frequência, pois muitas variáveis podem interferir na aposentadoria, como:

  • demissão ou saída do emprego
  • aumento ou redução no salário
  • dois empregos no mesmo períodos (trabalho concomitante)
  • trabalho exercido com exposição a agentes insalubres ou perigosos (que pode dar direito ao tempo especial no INSS)
  • novas exigências na legislação

DOCUMENTAÇÃO

Para planejar a aposentadoria é preciso juntar todos os documentos que comprovem o direito ao benefício

Documentos básicos:

  • RG
  • CPF
  • Comprovante de residência atualizado
  • Carteira de Trabalho (todas que o trabalhador tiver)
  • Guias da Previdência Social (GPS) com seus respectivos recibos
  • Cnis com todos os trabalhos registrados

VANTAGENS DO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO

1ª: SE APOSENTAR NO MOMENTO CERTO

  • Se aposentar na data mais adequada evita prejuízos financeiros, seja porque fez o pedido meses antes de obter uma regra mais vantajosa ou para evitar continuar contribuindo sem necessidade
  • O cálculo da aposentadoria vai depender de quando cumpriu os requisitos e o tipo do benefício

PARA QUEM CUMPRIU AS EXIGÊNCIAS ANTIGAS
O segurado do INSS que reuniu os requisitos para se aposentar até o dia 13/11/2019 pelas regras anteriores à reforma da Previdência tende a ter um cálculo mais vantajoso:

  • considera todos os salários de contribuição desde julho de 1994
  • faz a média das 80% maiores contribuições, ou seja, descarta as 20% menores
  • O valor dessa média é o PBC (Período Básico de Cálculo)

O valor final vai depender do tipo da aposentadoria

Aposentadoria por idade
70% do PBC + 1% a cada ano de contribuição

Aposentadoria por tempo de contribuição
Valor do PBC multiplicado pelo fator previdenciário

Aposentadoria por pontos, que soma idade ao tempo de contribuição
valor do PBC*

Aposentadoria especial
Valor do PBC*

Aposentadoria por invalidez
Valor do PBC*

*aposentadoria integral, equivalente a 100% da média salarial pré-reforma

Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência
70% do PBC + 1% ao ano de contribuição

SE NÃO CUMPRIU OS REQUISITOS PARA AS APOSENTADORIAS ATÉ O DIA 13/11/2019
O PBC agora irá considerar a média de todos os seus recolhimentos, inclusive os mais baixos
Depois, é preciso aplicar o redutor criado com a reforma para a maioria das aposentadorias

Cálculo:
60% do valor mais 2% ao ano que ultrapassar 20 anos de recolhimento para os homens ou mais 2% ao ano que ultrapassar 15 anos de recolhimento para as mulheres

Descarte de períodos
Nos casos em que o trabalhador tem mais contribuições do que o mínimo exigido, é possível descartar períodos excedentes com contribuições menores se essa opção render uma aposentadoria mais vantajosa. Os períodos desconsiderados não poderão ser reaproveitados

2ª: CONTRIBUIR COM O VALOR CORRETO

  • Há diferentes alíquotas de contribuição para cada tipo de segurado
  • Saber com qual contribuir ajuda o segurado a obter o benefício adequado sem pagar a mais por isso

Empregados CLT, empregados domésticos e trabalhadores avulsos
A contribuição é descontada da folha de pagamento pelo empregador e o valor do recolhimento depende do salário do segurado

Contribuintes individuais

  • Contribuição com alíquota de 20% entre o valor do salário mínimo e o teto do INSS para direito a uma aposentadoria na mesma proporção ao tempo de contribuição e aos valores recolhidos
  • Há a possibilidade de contribuir com alíquota de 11% sobre o valor do salário mínimo para ter direito a uma aposentadoria simples, com valor de benefício de um salário mínimo (R$ 1.100 em 2021)
  • O recolhimento é feito por meio das GPSs

MEIs (Microempreendedores Individuais)

  • Contribuição com alíquota de 5% sobre o valor do salário mínimo, que dá direito a uma aposentadoria simples com valor de benefício um salário mínimo mensal
  • É possível complementar a contribuição até chegar em 20% para uma melhor aposentadoria
  • O recolhimento é feito por meio das GPSs pelo segurado ou pela empresa que o contratar

Segurados facultativos

  • Contribuição com alíquota de 20% entre o valor do salário mínimo e o teto do INSS para direito a uma aposentadoria na mesma proporção ao tempo de contribuição e aos valores recolhidos
  • Há a possibilidade de contribuir com alíquota de 11% sobre o valor do salário mínimo para ter direito a uma aposentadoria simples, com valor de benefício de um salário mínimo
  • Segurados considerados de baixa renda podem contribuir com 5% sobre o valor do mínimo para receber o piso

3ª: GARANTIR O MELHOR BENEFÍCIO

  • O segurado deve levar em conta também seus custos básicos como saúde e moradia, para evitar transtornos no futuro
  • Acompanhar as mudanças nas regras previdenciárias é fundamental para manter o planejamento sempre atualizado e fazer a melhor projeção de cálculo
  • Considere consultar um advogado especialista em Previdência para auxiliar no planejamento
  • A análise correta de cada caso pode ser a chave para garantir a renda ideal

Fontes: Emenda Constitucional nº 103, Ingrácio Advocacia, advogado Átila Abella ​

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