Central America

Mexicanos protestam contra assassinatos de jornalistas e pedem proteção

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Jornalistas mexicanos iniciaram nesta terça-feira um protesto nacional para denunciar os assassinatos recentes de três repórteres, exigindo o fim da impunidade que normalmente caracteriza as mortes violentas de seus colegas. 

Os protestos seguem o assassinato da experiente jornalista Lourdes Maldonado no domingo, cerca de três anos depois que ela levou o assunto dos assassinatos ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e disse temer por sua vida. 

Os manifestantes no Estado central de Puebla colocaram flores e velas nas ruas ao lado de cartazes com dizeres como “Estou com raiva da censura”, como mostraram imagens televisionadas, enquanto em Chihuahua, no norte, manifestantes escreveram em um muro “Jornalismo é um risco” e desenharam o rosto de Maldonado. 

Israel Ibarra, presidente da Faculdade de Comunicações da Baja Califórnia, disse que se governo e a sociedade falharem em agir seriam “cúmplices” não apenas dos assassinatos de Maldonado e outros, mas do “assassinato da liberdade de expressão no México”. 

O México é um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas, com 145 assassinatos de profissionais da imprensa entre 2000 e 2021, de acordo com a organização de defesa de direitos Artigo 19. 

Redes de jornalistas mexicanos aprovaram a realização das manifestações, que irão coincidir com campanhas de protestos virtuais. 

“É uma questão de urgência que as autoridades federais e estaduais previnam ataques, protejam jornalistas quando eles forem vítimas e investiguem crimes cometidos contra a imprensa com a devida diligência”, afirmou a Artigo 19 em nota. 

(Reportagem de Ana Isabel Martinez, Lizbeth Diaz e Daina Beth Solomon)

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