Agro

Chuvas devem trazer alívio para campos ressecados na Argentina, diz bolsa

As chuvas que produtores da principal região agrícola da Argentina esperam há semanas, onde uma seca afeta grandes áreas produtoras, chegarão no final de fevereiro, informou a Bolsa de Grãos de Buenos Aires nesta quinta-feira, que também prevê umidade para os próximos dias, ainda que escassas.

A Argentina é um dos principais exportadores mundiais de alimentos. No entanto, muitas de suas principais regiões agrícolas estão sofrendo com a seca devido ao fenômeno climático La Niña, que forçou as bolsas de grãos do país a realizarem fortes cortes em suas estimativas de colheita de soja e milho.

Entre 24 de fevereiro e início de março, “o leste da região pampeana, a maior parte da Mesopotamia… observarão chuvas abundantes (25 a 100 milímetros), com fortes tempestades isoladas”, disse a bolsa em relatório semanal de perspectivas agroclimáticas.

As áreas que receberiam essas chuvas são as mais afetadas pela seca, o que obrigou a bolsa a reduzir suas estimativas para a safra 2021/22 de soja e milho em 2 milhões de toneladas e 6 milhões de toneladas, respectivamente, devido ao efeito da seca e altas temperaturas em dezembro e janeiro.

A previsão atual da Bolsa de Buenos Aires é de uma produção de 42 milhões de toneladas de soja e 51 milhões de toneladas de milho. As estimativas da Bolsa do Rosário são mais pessimistas, com cálculos de 40,5 milhões e 48 milhões de toneladas, respectivamente.

Enquanto isso, a bolsa de Buenos Aires apontou em seu relatório sobre o estado e condição da safra que o percentual de lotes de soja em condições “excelentes e boas” caiu para 31%, de 37% registrados na semana anterior, e que agora 23% das plantas estão no status “regular a ruim”, ante 17% uma semana atrás.

“Os grandes setores (da soja) relatam heterogeneidade nas condições de cultivo, e esperavam produtividades abaixo das médias das últimas cinco campanhas”, explicou a bolsa.

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