Asia

Minério de ferro tem maior ganho semanal na China em 2 anos com crise na Ucrânia

Os contratos futuros de minério de ferro de referência na China subiram nesta sexta-feira, registrando seu maior ganho semanal em mais de dois anos, com alta acumulada de quase 20%, devido aos temores de interrupção do fornecimento relacionados ao conflito Rússia-Ucrânia.

Os futuros de minério de ferro mais negociados na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em maio, estenderam os ganhos pela quinta sessão consecutiva e terminaram em alta de 2,8%, a 813 iuanes (128,65 dólares) por tonelada. Eles subiram até 5,7% para 836 iuanes no início da sessão.

O produto teve ganho semanal de 19,4%, o maior desde a semana encerrada em 21 de fevereiro de 2020, recuperando perdas desde 11 de fevereiro, quando os reguladores intensificaram as medidas para conter os preços das matérias-primas.

“Ucrânia e Rússia são importantes exportadores de matérias-primas de ferro no mundo… incertezas estão em torno de quanto tempo o conflito vai durar”, escreveram analistas da GF Futures em nota, acrescentando que os preços do minério de ferro devem flutuar no curto prazo.

O minério de ferro spot com 62% para entrega na China ganhou mais 5 dólares, fechando a 159 dólares a tonelada nesta sexta-feira, mostraram dados compilados pela consultoria SteelHome. O produto no físico está agora no seu maior valor desde meados de agosto de 2021.

Os contratos futuros de carvão metalúrgico de Dalian terminaram em alta de 1,4%, a 2.869 iuanes por tonelada, e os preços do coque subiram 1,8%, a 3.585 iuanes por tonelada. Na semana, os preços subiram 14% e 13%, respectivamente.

Os preços do aço inoxidável na Bolsa de Futuros de Xangai para entrega em abril saltaram 4,7%, para 18.775 iuanes por tonelada, acompanhando um aumento de 3,5% nos preços de sua matéria-prima níquel, pois seu fornecimento foi interrompido devido ao conflito Rússia-Ucrânia. A Rússia é o maior fornecedor mundial de níquel.

O Credit Suisse prevê que a demanda global por aço aumentará sazonalmente no segundo trimestre devido a eventos geopolíticos e inflação de matérias-primas e energia.

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