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Suspenção do pagamento do benefício do INSS

Quem tem direito ao Abono pecuniário?
Leonidas Santana / Shutterstock.com

Suspenção do pagamento do benefício do INSS Não comparecimento em perícia médica agendada, indício de fraude, deixar de sacar o benefício no banco por 60 dias, informações desatualizadas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, no caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), falta em programa de reabilitação profissional e, em caso de aposentadoria especial, a continuidade em trabalho insalubre ou de alto nível de periculosidade. Estes são alguns dos motivos que levam o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a suspender o pagamento. No ano passado, 5,24 milhões de benefícios foram cessados, segundo números do próprio INSS. Até março passado, esse número chegou a 1,23 milhão.

“O benefício suspenso pode ser reativado. Para isso, deverão ser apresentados documentos relacionados à espécie do benefício e motivo da suspensão, como por exemplo, se a suspensão ocorreu por falta de saque, o beneficiário deverá apresentar documentação de identificação para que sejam feitas as verificações internas e posterior reativação”, informou o INSS, em nota.— Em todos os casos o segurado ou beneficiário pode apresentar a documentação ou atualizar os dados que o pagamento é restabelecido —  explica Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), que alerta: —  O INSS comunica antes sobre a exigência ou medida para dar direito a ampla defesa ao segurado.

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O atendimento médico pericial é um procedimento obrigatório para a concessão e a manutenção de benefícios por incapacidade, como a aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença. Quem está recebendo um auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) deve marcar a perícia para prorrogar o benefício, caso não tenha recuperado a capacidade de trabalhar.

Para prorrogar o auxílio-doença, apresente o pedido pelo 135 ou aplicativo ou site Meu INSS 15 dias antes da data da alta programada. Caso a convocação seja feita por carta enviada pelo INSS, ligue para o telefone 135 ou acesse o Meu INSS (com senha) e marque a perícia.

O que levar na perícia: documentos pessoais originais com foto (identidade, carteira de habilitação ou carteira de trabalho) e documentos médicos originais (exames, laudos e receitas).  Após passar pelo procedimento, o pagamento é restabelecido.

No caso de indício de fraude, o segurado recebe um comunicado do INSS e tem que comparecer à uma Agência da Previdência Social (APS) para apresentar os documentos que comprovem a regularidade do benefício. No caso de o instituto não aceitar a defesa do segurado e mantiver o pagamento suspenso, cabe recurso, explica a advogada.

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Falta de saquesA ausência de saques dos pagamentos mensais pode sinalizar para o INSS que o beneficiário está morto. Por isso, há o risco de suspensão dos pagamentos após um período superior a 60 dias sem movimentação do dinheiro na conta. Adriane orienta o segurado a fazer alguma movimentação mensal do valor para evitar o corte.

O INSS pode oferecer a quem está recebendo um benefício por incapacidade, temporária ou permanente, a possibilidade de fazer uma reabilitação profissional, caso a perícia avalie que há condições para isso. Isso porque a ideia do programa de reabilitação é capacitar o segurado para um trabalho que ele possa executar, apesar da doença ou sequela do acidente que resultou no afastamento da sua antiga atividade.

Neste caso, aceite comparecer à reabilitação e evite faltas injustificadas, se não puder comparecer, justifique o motivo da ausência, se possível, com documentos.

— No caso de a incapacidade impossibilitar a permanência na reabilitação, o segurado pode comprovar por meio de laudos e exames médicos, que não terá condições de permanecer no programa e manter o pagamento do benefício — explica.

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Os que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), destinado a idosos com mais de 65 anos ou pessoas com deficiência, desde que comprovem baixa renda, têm que estar com os dados atualizados no CadÚnico do governo federal, que concentra os programas assistenciais, porque de tempos em tempos o sistema cruza os dados e, em caso de inconsistência, o benefício – que equivale a R$ 1.212 – pode ser suspenso pelo INSS.

— Os beneficiários que passarem por isso precisam se dirigir a um Cras (Centro de Referência e Assistência Social) e atualizar as informações. Depois basta comunicar ao INSS que o pagamento é restabelecido — orienta Adriane.

No caso de aposentadoria por tempo especial o que leva o INSS a suspender o pagamento é o fato de o aposentado permanecer trabalhando na atividade que originou o benefício.

— O aposentado especial pode até trabalhar, desde que não seja em atividade especial — orienta Adriane.

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