Economy

Reino Unido prioriza tecnologia blockchain para simplificar mercados

Por Huw Jones

LONDRES (Reuters) – O Reino Unido começará a testar a tecnologia blockchain para atividades tradicionais de mercado, como negociação e liquidação de ações e títulos no próximo ano, como parte de um esforço para se tornar um “centro de ativos digitais” global, disse o Ministério das Finanças nesta terça-feira.

Gwyneth Nurse, diretora geral de serviços financeiros do ministério, disse que o uso da tecnologia de contabilidade distribuída (DLT), que sustenta os criptoativos, é uma prioridade fundamental para tornar a infraestrutura do mercado financeiro mais inovadora e eficiente para os usuários.

O ministério lançará um “sandbox” de infraestrutura do mercado financeiro no próximo ano para testar projetos de DLT sob o controle de reguladores, disse Nurse, um modelo que os reguladores do Reino Unido foram pioneiros para nutrir empresas de tecnologia financeira. Sandbox é um ambiente de teste para projetos envolvendo clientes reais.

Nos mercados financeiros, a negociação de ações, títulos e outros ativos envolve tradicionalmente três atividades distintas de negociação, compensação e liquidação. O uso de DLT pode mudar isso e permitir que ativos financeiros, como títulos ou ações, sejam emitidos em horas, em vez de dias ou semanas.

“O governo também pode querer testar como negociação e liquidação podem ser combinadas”, disse Nurse na conferência anual de derivativos IDX em Londres.

“Um sandbox permitirá testar novas melhores práticas regulatórias e fazer mudanças permanentes para garantir que os usuários do mercado se beneficiem.”

O sandbox será introduzido, juntamente com a regulamentação para stablecoins – criptomoedas apoiadas por ativos tradicionais, sob um novo projeto de lei de serviços financeiros que será apresentado ao parlamento este ano.

O Ministério das Finanças e o Banco da Inglaterra estão avaliando em conjunto uma libra digital com uma nova consulta pública ainda este ano, disse Nurse.

Mas uma libra digital não estará disponível até a segunda metade da próxima década, mesmo que seja tomada a decisão de avançar com a chamada moeda digital do banco central ou CBDC – que outros bancos centrais também estão analisando – disse Nurse.

A União Europeia está finalizando sua própria sandbox para mercados e novas regras para mercados de criptomoedas.

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