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À espera do aumento dos juros nos EUA, Bitcoin fica mais ‘barato’

O Federal Reserve, equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos, deve anunciar nesta quarta-feira, 15 de junho, o aumento da taxa de juros para tentar combater o aumento da inflação norte-americana. A expectativa do mercado é de que a ampliação seja maior do que o esperado. Em vez de 50 pontos básicos, o organismo pode acrescer 0,75 ponto percentual. As especulações provocaram quedas seguidas nas bolsas de valores, aumento na cotação do dólar e um movimento acentuado de queda no preço do Bitcoin.

A principal criptomoeda está no preço mais baixo dos últimos 18 meses. Na segunda-feira, 13 de junho, o Bitcoin pela primeira vez desde que atingiu seu patamar mais alto, de US$ 69 mil por unidade (algo em torno de R$ 353 mil nos valores de hoje), recuou abaixo de US$ 22 mil (menos de R$ 113 mil). O movimento de queda, no entanto, ainda não cessou. Na terça-feira, 14 de junho, permanecia em declínio, de acordo com a plataforma de negociação de criptomoedas Avatrade. A baixa era generalizada. Também estavam em queda moedas digitais como Ethereum, Litecoin e Dash, entre outras.

Inflação norte-americana é a mais alta em 40 anos

A onda de pessimismo que tomou conta dos mercados ao redor do mundo foi desencadeada na última sexta-feira com a liberação do Índice de Preços ao Consumidor para Todos os Consumidores Urbanos (IPC-U) 

Depois de indicar um pequeno recuo na inflação em abril, ele voltou a soar o alarme mostrando um aumento de preços de 8,6% nos últimos 12 meses. Um recorde nos últimos 40 anos. Não se trata do medidor considerado mais importante pelo Fed.

O Banco Central dos Estados Unidos dá mais valor ao índice PCE, que também mostrou uma ligeira desaceleração em abril. Entretanto, a marca de 6,3% apresentada está muito acima dos 2% que são considerados como ideais para o organismo. Foi o ponto de partida para que as especulações sobre um aumento dos juros acima do esperado seja realizado.

Isso provocou de imediato uma reação negativa nas bolsas de valores, que já não vinham apresentando bons desempenho, uma vez que numerosas empresas ainda mostram dificuldades para retomar os níveis de produção de antes da pandemia de Covid-19. Na Europa, foram seis sessões consecutivas de baixa. Nos Estados Unidos, tanto o índice Nasdaq (empresas de tecnologia) quanto o Dow Jones (empresas industriais) começaram a semana em queda. No Brasil, o Ibovespa seguiu a tendência.

Sem perspectiva de recuperação em curto prazo, especialmente devido ao conflito envolvendo Rússia e Ucrânia que prossegue sem dar sinais de que um acordo está próximo, o aumento maior dos juros poderia tornar a recuperação do setor econômico ainda mais lenta e gerar um cenário de recessão dentro de um ou dois anos.

Especialistas profetizam instabilidade no mercado de criptomoedas

Os efeitos da divulgação dos números do aumento da inflação nos Estados Unidos não se limitaram aos mercados tradicionais. Especialistas em criptomoedas acreditam que haverá muita instabilidade nos preços desses ativos. Em curto prazo, a perspectiva é de que os valores seguirão recuando tornando os preços interessantes para quem pretende comprar e ganhar em médio e longo prazos.

A questão, entretanto, é saber qual o patamar mínimo a ser atingido pelo Bitcoin, que é a moeda digital mais negociada. Depois de romper a barreira dos US$ 30 mil, é praticamente consenso que a moeda irá romper também a dos US$ 20 mil e seguir em queda até encontrar um ponto de reversão. As previsões em relação a esse ponto são das mais variadas. Oscilam entre U$ 9 mil e US$ 19,5 mil até que a criptomoeda retome sua trajetória de aumento de preço retomando o valor acima dos US$ 20 mil.

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