Economia

Setor de serviços dos EUA acelera em julho e pressão de preços diminui, mostra ISM

WASHINGTON (Reuters) – O setor de serviços dos Estados Unidos acelerou inesperadamente em julho em meio a um forte crescimento das encomendas, enquanto os gargalos de oferta e as pressões sobre os preços diminuíram, sustentando a visão de que a economia não está em recessão, apesar da queda na produção no primeiro semestre do ano.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) disse que seu PMI não manufatureiro acelerou para uma leitura de 56,7 no mês passado, de 55,3 em junho. O aumento encerrou três declínios mensais consecutivos.

Economistas consultados pela Reuters projetavam leitura de 53,5. Qualquer leitura acima de 50 indica expansão no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos.

A aceleração inesperada seguiu-se à pesquisa do ISM sobre a indústria divulgada na segunda-feira mostrando que a atividade manufatureira desacelerou moderadamente no mês passado. O resultado mostrou forte contraste em relação à pesquisa da S&P Global, que mostrou que o setor de serviços encolheu em julho.

O governo informou na semana passada que a economia contraiu 1,3% no período de janeiro a junho.

Fortes oscilações nos estoques e o déficit comercial associado aos problemas nas cadeias de abastecimento globais foram os principais responsáveis. No entanto, o ímpeto econômico geral esfriou à medida que o Federal Reserve aperta agressivamente a política monetária para combater a inflação.

A atividade de serviços está sendo sustentada por uma mudança nos gastos em detrimento dos bens. A medida do ISM de novas encomendas recebidas pelas empresas de serviços subiu de 55,6 em junho para 59,9. As empresas relataram um aumento nas exportações.

O subíndice de emprego no setor de serviços melhorou para 49,1 de 47,4 em junho, que havia sido a leitura mais baixa desde julho de 2020.

Embora a demanda por trabalhadores em indústrias como a construção civil, comércio atacadista e varejista esteja diminuindo, a mão de obra continua com pouca oferta. O governo informou na terça-feira que havia 10,7 milhões de vagas abertas no final de junho, com 1,8 vaga para cada pessoa desempregada.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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