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Farmácia em SP passa a usar robô para ajudar a entregar remédio a cliente

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um robô que permite a entrega de medicamentos ao cliente em até 30 segundos começou a operar na drogaria Soares, na Vila Mariana, zona sul da capital paulista. É a primeira farmácia do estado de São Paulo a adotar a tecnologia, segundo a empresa fabricante e distribuidora da máquina, a BD.

O dispositivo, desenvolvido para farmácias de rua e de hospitais, é vendido em mais de 53 países. No Brasil, já está em uso em Manaus e no Rio.

O robô é integrado ao sistema da farmácia. Quando o medicamento chega do fornecedor, uma pessoa faz a leitura do código de barras da caixinha do produto num sensor do robô, que a coloca para dentro através de uma esteira. Depois, com um braço automático, pega esse remédio para levá-lo até uma prateleira.

“Ele sabe exatamente qual medicamento está ali, o tamanho da caixa, o prazo de validade e o lote. O robô faz um gerenciamento do estoque. Ele sabe o número e o tipo de medicamentos disponíveis na farmácia e o prazo de validade de cada um. O robô sempre dispensará aquele produto com tempo de validade mais curto”, explica Flávia Contin, líder do negócio MMS (Medication Management Solution) Brasil.

O BD Rowa também atua no abastecimento das outras três unidades da drogaria Soares. “Ele recebe as solicitações com o que é necessário repor nas farmácias. De um lado, o robô possui quatro saídas destinadas ao abastecimento das unidades. Conforme ele faz a leitura do relatório de reposição que vem da farmácia, já dispensa. Cada saída é destinada a uma unidade. A dispensação é feita em caixas, que são fechadas por um funcionário e enviadas para a farmácia de destino”, completa a gestora.

Com o paciente o esquema é bem simples. O farmacêutico ou balconista pega a receita do cliente e a digita no sistema. O robô faz a leitura da prescrição e dispensa os medicamentos ao funcionário, que faz a entrega.

O robô coleta na prateleira do próprio dispositivo os medicamentos, de acordo com a quantidade e dosagem, e os coloca numa esteira que leva até o balcão. Do momento da leitura da receita até a dispensação, o processo leva até 30 segundos.

“O tempo pode ser menor que 30 segundos, porque o robô tem uma inteligência artificial e, conforme passa o tempo, ele registra a dinâmica da farmácia. Quais são os medicamentos que saem mais, os mais vendidos. Ele mesmo faz uma reorganização e coloca nas suas saídas os que têm dispensação maior”, afirma Contin.

A tecnologia permite o controle do estoque, após dispensar cada medicamento, e repõe de acordo com a demanda cotidiana da farmácia, evitando atrasos, erros e inconformidades.

Para Fernando Padilha Pinto, sócio-diretor da Drogaria Soares, o robô não vai substituir funcionários. “Na minha opinião, essa parte de serviços farmacêuticos, de orientação e humanização, nunca será substituída. A automação ajuda na humanização do atendimento, que é cada vez mais valorizada pelo cliente”, afirma.

“A parte de operação, de armazenagem, separação e controles do produto ficam para o dispositivo, e a nossa equipe se dedica ao que a gente vê que tem maior valor na hora do atendimento, a parte mais humana, de se dedicar ao cliente”, afirma.

O robô funciona ligado na energia. Na falta, ele tem uma bateria com tempo de duração necessário para operar até que a farmácia acione um gerador.

O dispositivo é customizado. O projeto é desenvolvido de acordo com a necessidade da farmácia ou do hospital. O robô pode medir de 4 a 15 metros de comprimento, de 1,60 até 3 metros de altura e de 1,60 até 2,10 metros de largura.

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